“Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
E
ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
E
ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito
dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
Porque
foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,”
(Colossenses 1:16-19)
Nossa
vida, nossas angústias, nossos sofrimentos, nossos desejos, nossos
problemas... Se pararmos para pensar, agimos como se o mundo girasse
ao nosso redor e como se Deus tivesse criado tudo o que fez por nossa
causa.
Assim
nos portamos em nossas orações, em nosso relacionamento com Deus.
Falamos sobre o que queremos, como queremos e quando queremos, até
mesmo quando estamos falando sobre a obra de Deus, nossa vontade e
disposição para o ministério.
Mas não
se trata de nós. Não se trata de mim.
Há uma
história sendo escrita. Uma longa, bela e intrincada história sendo
escrita por Deus de eternidade a eternidade. Com um enredo riquíssimo
e tramas espetaculares, onde há um único protagonista: Jesus
Cristo.
Toda
Bíblia se converge a Ele, do gênesis ao apocalipse. Toda a Bíblia
fala exclusivamente sobre Ele, de início de forma subliminar, com
simbolismos, mas depois de forma clara, escancarada: Ele é tudo, o
alfa e o ômega, o princípio e o fim de todas as coisas.
Incontáveis
personagens e cenários. Diferentes épocas e situações. Vilões,
mocinhos. Mas tudo, absolutamente tudo, apontando exclusivamente para
Ele.
Ao
contrário do que nossa mente teima em nos levar a crer, nós somos
apenas personagens coadjuvantes nessa incrível história. Pessoas
simples, defeituosas, falhas, chamadas para compor o quadro e revelar
a magnitude e perfeição que há nEle, somente nEle.
Céus,
terra, anjos, demônios, pessoas e tudo o mais da criação. Todas as
coisas para o louvor da Sua Glória.
Não se
trata de mim. Não se trata de nós.
Dele é
o tempo. Dele é a obra. Ele é a vontade criadora e mantenedora de
tudo o que há.
João, o
batista, foi claro e objetivo ao esclarecer isso:
“O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do
céu.
Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o
Cristo, mas sou enviado adiante dele.
Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que
lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim,
pois, já este meu gozo está cumprido.” (João 3:27-29)
Nossa
alegria deve estar apenas no prazer de sermos chamados para
participar dessa obra, como cooperadores do Autor no desenrolar da
trama. Isso já deve ser o bastante: ser “o amigo do esposo, que
lhe assiste e o ouve”, alegrando-se com o som da sua voz.
Quem me
dera diante disso poder dizer com a mesma convicção que disse
Paulo:
“Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive
em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de
Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas
2:20)