terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DISPOSTO A ENFRENTAR E A VENCER!


A Bíblia, em uma rápida passagem, nos conta a história de um homem que ousou lutar por algo que para ele era muito importante.
A história é bastante curta e pode até passar despercebida em nossas leituras, já que é contada em apenas dois versículos e sem muito destaque (2 Samuel 23. 11-12), o que nos revela que Deus gosta de trabalhar nos detalhes e em silêncio, sem muito alarde, de modo que apenas prestando atenção nos detalhes é que conseguimos enxergar a Sua glória.
Nesses dois versículos é contada a história de Samá, a quem a Bíblia destaca como um dos três principais guerreiros do grande rei Davi.
Samá defendeu sozinho um campo de lentilhas do ataque dos filisteus, enquanto todo o exército de Israel, que estava com ele, tinha fugido de medo da multidão que vinha ao seu encontro. Ao se ver sozinho, abandonado por todos os outros, Samá se colocou no meio da plantação e decidiu enfrentar o inimigo, embora soubesse das suas próprias limitações e tivesse ciência da dimensão do exército adversário.
Mas sabe o que aconteceu nessa história? Samá derrotou todo o exército inimigo e, contra todas as expectativas e prognósticos, saiu vencedor dessa batalha. A Bíblia declara que “o SENHOR concedeu-lhe uma grande vitória” e sua postura o colocou como um dos três principais guerreiros de Davi.
Isso nos mostra que quando estamos dispostos a enfrentar os ataques inimigos e as adversidades da vida Deus é conosco. Nos mostra que quando aquilo por que lutamos vale a pena a nossa disposição em lutar traz para o nosso lado da batalha o Senhor dos Exércitos. E contra Ele não há exército inimigo que possa lutar!
No entanto, não temos visto com frequência as pessoas topando o desafio de lutar pelas coisas que realmente importam. Não temos visto muitos “Samás” nos dias atuais.
Normalmente, o tamanho do “exército inimigo”, das adversidades, nos tem feito agir não como Samá, mas como o restante do exército de Israel que estava ao seu lado... fugimos, abandonando nosso campo de lentilhas para que outros dele aproveitem.
Temos deixado aquilo em que trabalhamos por longo tempo. Abandonamos o campo que limpamos, adubamos, aramos, plantamos a semente e regamos durante o crescimento. E isso justamente no momento em que estamos prestes a colher os frutos de todo esse trabalho.
Largamos tudo com medo de lutar. Por medo do tamanho do último obstáculo, lançado em nossa direção com a única finalidade de não permitir que usufruamos do trabalho já executado. Por achar, nessa hora, que será mais fácil fugir da batalha.
Não é isso o que temos feito com nossos sonhos, nossas famílias, nossas esposas ou maridos, nossos filhos? Investimos tempo e recursos em um relacionamento, planejamos nossos casamentos, construímos uma casa... mas, no momento em que vamos transformar essa casa em um lar e vamos usufruir dessa bênção, percebemos o ataque inimigo, começamos a ser bombardeados por uma série de coisas, o mundo todo parece agir contra aquele propósitos e nos oferece alternativas e prazeres que numa primeira análise são mais interessantes e fáceis. Então, nós sucumbimos, abrindo mão de usufruir de um sonho que certamente se concretizaria pela ilusão de uma situação mais cômoda.
O problema é que a fuga vai se tornando um comportamento padrão. Não percebemos que as dificuldades sempre surgirão e que para construir algo consistente e duradouro é necessário investirmos todas as nossas forças, gastarmos tempo e estarmos dispostos a enfrentar todas as adversidades. Assim, estamos sempre fugindo da batalha e nunca conseguimos realizar plenamente nossos sonhos, não conseguimos experimentar os frutos daquilo em que trabalhamos.
Se há uma coisa que precisamos aprender com esse pequeno texto bíblico é que não importa o tamanho do exército inimigo. Não importa o tamanho do problema. Não importa o fato de a adversidade ser muito maior que as nossas forças. Não importa o quão pequeno você seja diante do seu adversário.
Quando, mesmo sozinhos, nos colocamos no meio do campo, não nos escondemos do ataque e marcamos nossa posição de defesa no meio da nossa plantação, dando a vida por ela, somos surpreendidos com a ação do Senhor dos Exércitos e Ele nos concede a grande vitória.
Qual tem sido o seu campo de lentilhas?

(fotografia: Augusto Araújo Neto)

(texto: Marcelo Luís de Souza Ferreira, com base na pregação “Defenda sua família”, da pastora Sheila Vianna, http://www.youtube.com/watch?v=Wqcl-rSRrOw)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ALGUÉM QUE VOCÊ PRECISA CONHECER.


(fotografia: Augusto Araújo Neto)
(texto: Marcelo Luís de Souza Ferreira)



 Oi.

Estou escrevendo hoje para falar sobre alguém que você precisa conhecer. E precisa conhecer urgentemente!
Quero falar sobre você. E preciso perguntar: você quer se conhecer?
Não. Não é retórica. A maioria das pessoas que Eu vejo por aí ainda não descobriu sua própria identidade e para muitas o tempo já está se esgotando (espero não ser esse o seu caso).
E não estou falando sobre o seu nome. Por mais que ele seja importante para que você possa ser identificado no meio de tanta gente, seu nome não traz necessariamente a sua definição, embora Eu possa lhe dar um nome que reflita o que você realmente é.
Também não falo do cargo que você ocupa, dos títulos que tem. Isso é efêmero demais para definir qualquer pessoa, apesar de ser dada tanta importância hoje em dia a essas qualificações que agora são e amanhã já não existirão e nada representarão. Aliás, você já deve ter visto pessoas que se definem por um cargo ou título e quando o perdem acabam morrendo junto. Há muitos mortos vagando por aí...
Você também não é apenas um conjunto de problemas e circunstâncias vividas. Você é mais do que isso! É mais do que aquilo que fizeram com você durante esses anos de vida, apesar de você mesmo acreditar no contrário.
Você é mais do que um punhado de medos e aspirações passageiras.
Você é mais do que um corpo bonito (ou que se acha feio), mas que inevitavelmente irá se degenerar aos poucos para se decompor ao final, por mais que as cirurgias plásticas e os tratamentos estéticos tentem iludir em sentido contrário.
Você não é a mulher do Fulano, o marido da Beltrana, o pai ou a mãe do Sicrano. Sua identidade não está nos outros, embora Eu tenha colocado você justamente onde está para desempenhar um papel na vida deles.
Você não é aquele que se deu bem ou mal na vida. Isso é pouco, muito pouco.
Nada disso o define... nem para Mim nem para você.
Eu posso dizer que você é único ou única. E é verdade. Não precisa raciocinar muito para perceber que não há no mundo alguém como você e deve haver um motivo para isso, não acha?
Eu posso dizer que você se parece com alguém. Na realidade, você foi feito à imagem e semelhança de alguém e que conhecer esse alguém poderá esclarecer muita coisa a seu respeito.
Posso dizer que muitas coisas foram preparadas para você até hoje e também daqui para frente. Aliás, tudo teve ou terá um propósito na sua vida.
Posso dizer que seus dias foram todos cuidadosamente contados e que até os seus fios de cabelo foram previstos e contabilizados.
Eu posso dizer quem você realmente é e isso pode mudar tudo.
Pense nisso. Você não gostaria de se conhecer?

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O DIREITO É SEU!


Como profissional operador do direito há uma questão a respeito da qual eu sinto a necessidade de me pronunciar.
Afinal, falamos em liberdades, defendemos tanto as liberdades, vivemos e morremos por elas, mas não nos damos conta muitas vezes de que liberdade pressupõe a existência do direito de escolher segundo sua própria vontade, o direito de escolher pelas próprias convicções e interesses, mas estando plenamente ciente das inevitáveis consequências da sua escolha.
Tenho visto, no entanto, uma multidão infinita de pessoas fazendo escolhas sem saber exatamente o que estão escolhendo, iludidas por uma boa propaganda, um bom trabalho de marketing.
Portanto, hoje eu quero defender uma liberdade que foi dada a cada um de nós, um direito de escolha que todos temos.
E preciso dizer com todas as letras: VOCÊ TEM O DIREITO DE IR PARA O INFERNO!
É isso mesmo. O termo pode não ser polido o bastante. Pode ser duro, deselegante, agressivo talvez. Mas eu realmente acredito nisso: cada pessoa tem o direito de escolher ir para o inferno. E quero defender o seu direito, mas gostaria que você fizesse a sua escolha por convicções e vontade próprias, não por estar enganado.
Existe uma única outra opção, a salvação. Mas não quero falar dela hoje. Quero apenas defender o seu direito de querer ir para o inferno.
Para tanto, você precisa saber que a ida para o inferno é uma espécie de contrato de adesão no qual silêncio é recebido como manifestação de anuência.
Não dá para negociar as condições em que você será recebido no inferno nem para conseguir um lugarzinho mais privilegiado quando chegar lá através de algum acerto com o “corretor”. O “corretor” pode até tentar te convencer do contrário, mas não é verdade. Lá é o lugar “onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga”.
Enquanto você não se manifestar de forma contrária, o seu nome está incluído dentre os beneficiários desse contrato. Na sua inércia você permanece como um contratante.
Não há uma posição intermediária. Não há um meio-termo. E é importante que você saiba disso, pois não adiantará alegar erro, dolo, coação ou fraude quando o contrato se aperfeiçoar e você já estiver devidamente instalado no inferno. Consumada a condição estabelecida (sua morte) o resultado é certo, a decisão se torna irrevogável.
Em contrapartida, enquanto esse contrato não se aperfeiçoar há a possibilidade de ser anulado, mas não quero tentar te convencer a fazer isso nesse momento. Como eu disse, quero apenas defender o seu direito de escolher o que você realmente quiser.
É preciso que você saiba também que esse contrato permanecerá em vigor enquanto você acreditar que pode passar por esse mundo satisfazendo apenas suas próprias vontades, acreditando que o ser humano não é uma criatura que tenha de prestar contas de seus atos e omissões com algum Criador e agindo como se a busca pelo prazer carnal pessoal seja o único objetivo de vida que uma pessoa possa ter.
Também é necessário que você saiba que você poderá levar outras pessoas consigo para esse mesmo destino final. Basta continuar agindo como se os seus atos e suas escolhas não tivessem tanta importância assim. Basta continuar acreditando que ninguém registra os seus passos e que os seus pensamentos por si sós não causam problema algum.
Sabendo disso, estando plenamente ciente de que essa vida descompromissada e egocêntrica o levará inevitavelmente a esse destino e, ainda assim, optando por continuar nesse estado de alienação eu defendo o seu direito de escolha. VOCÊ TEM O DIREITO DE ESCOLHER IR PARA O INFERNO!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CLAMORES


(fotografia: Augusto Araújo Neto)
(texto: Marcelo Luís de Souza Ferreira)

CLAMORES

Já é tarde da noite
e você não consegue dormir direito.
Talvez seja o calor
nesses dias em que nenhuma gota ousa cair do céu
para refrescar e diminuir o peso do ar.

Você gira na cama de um lado para o outro,
no meio da escuridão do seu quarto,
forçando os olhos para mantê-los fechados...
mas o sono teima em não vir.

Num determinado momento
você abre os olhos
e percebe que há alguém ali,
do seu lado, sentado...
olhando para você.

Você se espanta com aquela presença,
mas não se assusta.
Embora com a visão turva
seu coração denuncia...
você sabe quem é.
É Ele.

Mas você permanece calado.

O nome “Jesus”
parece impronunciável nesse momento.
Você não ousa dizer,
mas sabe que Ele está olhando para dentro de você.

Um olhar que sonda,
que desvenda,
vai desnudando
e pondo à mostra
coisas que você preferiria manter enterradas...
mas que não denuncia os seus erros.
Não julga.

Você permanece calado.

Bastaria um instante
e todas as respostas seriam dadas.
Bastaria uma palavra sua
e os céus se abririam na sua frente.
Mas esse instante não ocorre
e essa palavra não sai da sua boca.

Afinal,
você sabe,
Ele não quer apenas
satisfazer os seus desejos egoístas,
ouvir as suas queixas
ou lhe dizer coisas reconfortantes.
Ele quer mais.

Ao olhar para você
Ele está propondo algo mais profundo,
uma relação íntima,
uma comunhão perfeita,
uma ligação eterna.

Você tem “n” motivos prontos,
vários argumentos preparados
para não aceitar uma relação tão próxima...
mas sabe que esses mesmos motivos não são verdadeiros,
que não há nenhuma justificativa válida para recusar esse convite.
Você sabe
e por isso permanece calado.

O olhar dele ainda está fixo em você,
um olhar de espera...
Aos poucos você vai se esquivando,
se esquivando...
até que, enfim, sem abrir a boca,
você consegue virar o corpo para o outro lado
e fingir que o sono veio.
Talvez assim Ele vá embora
e deixe você sozinho
com seus problemas
e sua vida miserável.

Mas você sabe que Ele permaneceu ali
durante o resto da noite,
esperando apenas a sua palavra sincera.
Você sabe
que ao longo de cada dia
Ele tem aguardado o momento
em que você se entregará por completo
e O deixará tomar conta da sua vida.


No fundo, você sabe!