DA
RELIGIÃO QUE APRISIONA AO CRISTO QUE LIBERTA.
Uma
longa, difícil e inevitável jornada.
O Verbo de Deus se fez homem e desceu para habitar no
mundo que Ele mesmo criou. A um mundo envolto nas densas névoas da
maldade, em que cegos conduziam cegos rumo ao abismo, quis Ele vir
para ser luz e dar vida àqueles que nEle verdadeiramente cressem.
Uma história de amor puro, algo incompreensível para
as nossas mentes limitadas e nossos corações duros. A última
tentativa de mostrar aquilo que desde a criação era evidente:
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi
feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”
(João 1:3-4).
Ali estava todo o mistério da criação, estavam todas
as respostas que a humanidade sempre buscou. Ali estava a paz que a
nossa alma tanto procura. Ali estava Deus!
Mas poucos entenderam. Poucos compreenderam a magnitude
daquele evento. Poucos aproveitaram essa única e derradeira
oportunidade.
Estavam mais ocupados com normas e rituais, cujo
significado há muito tinham esquecido. Estavam mais ocupados com
suas próprias distinções sociais e com sua estrutura de mundo.
Estavam mais preocupados com o que comiam e com quantas vezes lavavam
as mãos.
Guardavam dias sem entender a razão. Faziam festas sem
convidar o homenageado. Louvavam a Deus com os lábios, mas não com
o coração (Isaías 19:13).
E assim, na cegueira dos conceitos meramente humanos,
muitos não O viram enquanto Ele passava ao lado. Muitos perderam a
luz.
Outros perceberam de Quem se tratava. Mas a realidade
era tão aterrorizante que acharam melhor extinguir a luz – como se
isso fosse de alguma forma possível. Afinal, àqueles que se valiam
de um sistema religioso rígido para satisfazer suas próprias
ambições de vaidade, era mais fácil dar um jeito para que as
coisas continuassem como sempre estiveram.
Mas Ele veio e aos que O receberam em seus corações
proporcionou algo impossível de se obter por esforços humanos: a
verdadeira libertação.
Uma liberdade real, idealizada por Ele para todo homem
quando tudo o que existe ainda era um mero projeto em Sua mente.
Uma liberdade que foi perdida no momento em que
acreditamos que poderíamos ser deuses e que teríamos condições de
transitar entre o bem e o mal sem nos corrompermos.
Uma liberdade que deixamos para trás quando tivemos
presunção de andar sem que o Senhor nos guiasse.
Assim, Ele trouxe alívio a uma prostituta, libertou uma
mulher adúltera, tocou e purificou aqueles considerados impuros,
salvou um cobrador de impostos corrupto, restaurou vidas destruídas
pelo demônio e recebeu a cruz destinada a um homicida... coisas que
a religião dos homens jamais seria capaz de entender.
Assim, Ele libertou vidas das garras e da escravidão do
pecado e lhes restaurou o direito de viver... coisas que a religião
dos homens jamais seria capaz de fazer.
Nele, conseguimos nos ver como crianças pequenas,
incapazes de discernir o bem do mal. Como crianças que dependem do
olhar atento do Pai para que não se metam em confusão. Como
crianças que se sentem seguras para atravessar a rua quando o Pai
nos estende a mão e nos leva até o outro lado. Como crianças que
ao final de um dia cansativo encontra descanso, conforto e confiança
apenas no colo do Pai.
Nele, entendemos o quanto o pecado nos maltrata e
percebemos que, como crianças, somos propensos a fazer aquilo que
nos prejudica. Aprendemos a confiar que a vontade de Deus, na maioria
das vezes não compreendida por nossa mente em estágio inicial de
desenvolvimento, é sempre o que há de melhor para as nossas vidas,
ainda que isso nos pareça difícil e contrarie os nossos impulsos e
instintos primários... ainda que isso não pareça tão prazeroso
quanto tudo aquilo que o nosso corpo pede para fazermos.
Em Cristo, percebemos que não há diferenças entre as
pessoas - todos somos pecadores e igualmente carecemos Dele e do
Seu sacrifício para recebermos vida (Romanos 3: 21-26).
Percebemos que esta vida não está numa placa de igreja específica,
não está na guarda de dias específicos (Romanos 14:5 e Gálatas 4:
10), não está no tipo de alimento que se come ou se deixa de comer
(Romanos 14:2), não está em nenhuma obra que o homem possa fazer
para tentar se salvar (Hebreus 9: 9-10), mas está exclusivamente na
completa entrega e submissão a Cristo, para o nascimento da nova
criatura e a renovação da mente (Efésios 4: 23-24).
Cristo, somente Cristo, é “o caminho, a verdade e
a vida” (João 14: 6). Somente Ele nos liberta do pecado, nos
dá alívio, nos prepara lugar no reino de Deus e nos leva até lá
(João 14: 2-3). Somente Ele... coisas que a religião dos homens
jamais será capaz de fazer.