terça-feira, 29 de outubro de 2013

AS DORES

fotografia: Augusto Araújo Neto

texto: Marcelo Luís de Souza Ferreira

Há momentos
em que dar o próximo passo
parece impossível.
Faltam pernas
faltam forças
falta vontade...

Você clama
mas do céu não se ouve voz alguma.
Os anjos se calaram
enquanto você clama.
Os anjos se calaram...

Desistir parece ser o caminho mais fácil
e você quase o escolhe.
Você quase volta os olhos para trás.

Afinal, não há mágicas
nem aparições fenomenais.
No silêncio há apenas silêncio
e a vontade de chorar
ou de simplesmente implodir
o peito apertado.

Mas o dia seguinte virá,
tenha certeza.
O sol nascerá novamente
convidando a levantar e a tentar mais um pouco.
As lutas não cessarão,
mas você estará de pé
pronto para mais uma batalha.

Os anjos se calaram sim,
mas não deixaram de ouvir.
Deus não deixou de ouvir.
Silenciosamente
Ele lhe mostra alguns bons motivos para seguir
e convida: “Dê o próximo passo.”

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

SEJA FELIZ!


Seja feliz! Esta é a ordem do dia e para isso você empenhará tudo o que tem e tudo o que pode fazer ao longo do dia de hoje. Seja feliz!
O interessante é que ninguém duvida dessa premissa. Ninguém acorda pela manhã decidido a tornar sua própria vida um inferno. Ninguém começa um novo dia pensando: “Hoje eu farei de tudo para ser infeliz!”.
Então, por que não somos felizes? Por que as pessoas estão cada vez mais deprimidas, frustradas, doentes e infelizes? Por que?
Até conseguimos alguns momentos de alegria ao longo de nossas vidas, mas a infelicidade parece nos perseguir e sempre os torna passageiros, não é verdade?
Observem. Passamos um longo tempo tentando encontrar alguém e quando encontramos vivenciamos a alegria de estarmos apaixonados. No entanto, logo aparecem as incompatibilidades, surgem as decepções e nos vemos infelizes ao lado daquela pessoa que há pouco nos dava tanto prazer pela sua companhia.
Também acontece com o emprego. Depois de tanto procurarmos e tentarmos uma colocação a atingimos e ficamos temporariamente contentes. Mas não demora muito e aparecem problemas dos mais diversos que nos tornam infelizes também no trabalho.
Se pararmos para pensar é assim com praticamente tudo o que desejamos e conquistamos, de modo que nos sentimos infelizes quando não atingimos nossos objetivos mas também terminamos infelizes quando os atingimos. Por que tamanho paradoxo?
Será que há uma receita para a felicidade real? Será que existe um meio de nos sentirmos felizes mesmo diante das adversidades e das dificuldades normais da vida?
A resposta a essas perguntas é afirmativa. Existe sim uma receita para a verdadeira felicidade e ela nunca esteve escondida. Nós apenas resistimos em segui-la e temos optado por atalhos que na realidade nos fazem andar sempre em círculos.
A Bíblia nos ensina que no sexto dia da criação do mundo “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1. 31) e só descansou depois de se assegurar de tudo quanto havia criado era bom.
O interessante é que Deus não criou o mundo para dele usufruir sozinho. Deus criou o paraíso para o ser humano, colocando o homem e a mulher no domínio de todas as coisas boas que havia criado. Sua ordem, na minha ótica, era simples e clara: “Sejam felizes! Aproveitem a vida! Tenham prazer nas coisas que fiz para vocês e deixem que Eu cuido de tudo!”. Isso não está escrito no Livro da Vida, mas é a percepção que tenho quando leio o Gênesis.
Deus criou o homem para ser feliz, o que seria plenamente possível se o homem se preocupasse apenas em usufruir das coisas boas que Deus havia criado e colocado à sua disposição. Mas isso deixou de ocorrer quando o homem deixou de olhar para aquilo que já possuía e teve a pretensão de ter o que não era seu, de usurpar o posto do Criador (Gn 3. 1-7). Talvez esse seja um dos primeiros atalhos que pegamos para chegar a lugar algum.
Ainda hoje Deus nos dá muitas coisas boas. Temos vida, saúde, família, amigos, marido, esposa, filhos, emprego e algum conforto material. Mas não nos contentamos nunca com o que temos e procuramos sempre colocar defeito na obra de Deus: “Ah! Se dependesse de mim tudo seria diferente!”. Não é assim que pensamos?
Essa nossa constante insatisfação nos traz infelicidade, mas o pior é que quando perdemos o que já temos é que nos damos conta do tesouro que nos havia sido confiado e aí sofremos mais ainda. É diante da morte, da doença, do divórcio, do problema com as drogas e da perda dos bens materiais que descobrimos o valor daquilo que já não temos mais e isso nos traz uma infelicidade ainda maior.
Mas mesmo com a queda do homem, Deus não desistiu de nos fazer felizes. Pelo contrário, sabendo da nossa dificuldade em entender nossa própria natureza, Deus esmiuçou a receita, detalhando-a através de mandamentos (Ex 20).
Assim, nosso Pai nos ensina a não cobiçar ou desejar o que é do próximo. Em outras palavras, o que ele nos diz é: “Se contente com o que Eu já dei e aproveite! Assim como você não deseja que tirem o que é seu, não queira para você o que é de outra pessoa”.
E como essa lição de felicidade nos serve para os dias atuais! Quanta tristeza alimentamos em nós mesmos pelas coisas que não podemos comprar, pela casa que não conseguimos ter, pela família do vizinho ser mais unida e feliz que a nossa, pelo sucesso profissional que um amigo tem e nós não temos, por não termos um namorado ou uma namorada igual a de outrem... quanta amargura não acumulamos?
Nosso Pai ensina a honrar pai e mãe “para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”. E quanta tristeza e morte o esfacelamento das famílias não tem provocado atualmente?
Em seu amor infinito, nosso Senhor ainda nos ensina que precisamos descansar, que precisamos parar de trabalhar um pouco, de tentar conquistar mais e mais para aproveitar aquilo que já nos foi dado. Afinal, não sabemos se teremos o dia de amanhã para isso! E quantos não são os que morrem ou perdem a saúde por causa da estafa?
Para ter felicidade, Deus nos mostra o caminho da fidelidade, da idoneidade, do valor à vida, da verdade no falar e no agir.
Mas o mais importante nessa valiosa receita está na observância ao primeiro mandamento: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Gn 20. 1-6).
Sabe o que Deus está dizendo? Ele nos diz: “Quer ser feliz? Confie em mim de todo o teu ser e com todo o teu coração. Eu sou o SENHOR e eu cuido do ti”.
Há pessoas que depositam todas as suas fichas num relacionamento afetivo, como se o namorado, o cônjuge ou um filho fosse o responsável por sua felicidade.
Há quem acredite que sua felicidade estará na acumulação de riquezas e vive uma vida inteira apenas para isso.
Tem gente que resume sua vida ao trabalho ou à posição social que ocupa.
Há quem estabeleça como meta se tornar uma celebridade e ser ele próprio cultuado, adorado.
Há quem faça do sexo, da comida, da bebedeira ou de qualquer outro prazer momentâneo sua razão de ser e se torna escravo desses desejos.
Nada disso nos garante a felicidade permanente.
Nenhuma pessoa, por mais honesta e verdadeira que seja, é capaz de satisfazer todas as nossas expectativas e necessidades, tampouco nós temos condições de sermos objeto de adoração dos outros, não damos conta de tanta cobrança.
Os bens materiais se deterioram ou são roubados.
A saúde vai se comprometendo com o decorrer dos anos e nos impede de obter os mesmos objetos de desejo de antigamente.
A juventude passa e a beleza física se transforma.
A escravidão ao desejo nos impede de prosseguir e de viver.
Em suma, nenhuma dessas coisas pode orientar nossas vidas. Nada disso pode nos reger. Se devotarmos nossas vidas a isso certamente nos perderemos e experimentaremos um estado de frequente tristeza e infelicidade.
Portanto, tenha como Deus e Senhor da sua vida apenas o seu Criador. Deposite nele – e apenas nele - suas esperanças e expectativas. Ele te gerou, conhece os seus mais profundos sentimentos, sonda sua alma e é o único que sabe o que você realmente necessita para ser feliz.
As pessoas podem te ajudar e compartilhar dos seus momentos de felicidade. Os bens podem fazer parte desses momentos e complementá-los. O prazer físico será consequência de um estado interior de alegria. Mas a felicidade estará em se entregar apenas ao seu Criador, confiar a Ele todas as suas necessidades e contemplar aquilo que Ele quer fazer especialmente para você.

Faça isso e seja feliz!

sábado, 12 de outubro de 2013

Conectado …. Eu?

Francisco Milton


E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3, versículos 16/17).


 
Basta ligar o computador que, automaticamente, começam a surgir mensagens de aplicativos sugerindo a conexão na internet para novas atualizações do software.
Conexões e mais conexões para intermináveis atualizações, mas dessa vez a frustração bate a porta do hardware, pois estando em uma poltrona apertada do avião e sem conexão na internet, as atualizações do software momentaneamente não serão realizadas.
Mas se a conexão à rede mundial de computadores não é possível nesse momento, a conexão nas memórias e pensamentos parecem me levar para épocas e lugares distantes, minha infância, minhas irmãs, meus pais.
Amanhã, 12 de outubro, quando se comemora o dia das crianças, também comemoramos o aniversário da minha amada irmã Michele.
Nesses meus quase 40 anos, trazer a memória essa data é fazer um download das brincadeiras em família, da simplicidade dos presentes regados pelo amor e pelo carinho de meus pais.
Meus pais presentes, esse era o maior presente que eu poderia receber, ainda que o meu coração de criança imaginasse que talvez o principal presente fosse ganhar um brinquedo ... poder jogar bola com o meu pai e ouvir a voz da minha mãe chamando para almoçar aquela comida especialmente caseira e saborosa e, ainda, poder comemorar o aniversário da minha irmão em família era o melhor presente.
Minha família não possuía recursos para alugar salão de festa, contratar cerimonialista, animador ou buffet.
Os aniversários eram celebrados em casa de forma muito simples e regada a alegria do “corre-corre” de crianças no meio da casa ... tudo era festa, desde arrumar a casa a encher os balões, da panela de brigadeiro a lavagem do pátio, dos refrigerantes na geladeira ao banho no final da tarde ... tudo era festa ao lado dos pais e amigos.
Pais presentes do engatinhar ao andar, dos primeiros rabiscos às provas do vestibular, das primeiras brincadeiras aos jogos estudantis, das primeiras conversas aos conselhos para a vida, do primeiro choro no hospital às lagrimas das frustrações da adolescência que vão nos ensinando a viver, a todo momento pais não apenas presentes, mas também conectados e atualizados sobre a vida dos filhos.
Quando pensávamos em sair de casa, cercado das perguntas “você já pediu para o seu pai / mãe?”, “para onde?”, “com quem?”, “que horas você vai voltar”, eis que ao final palavras eram “Deus te abençoe meu filho (a)”.
Pais presentes, conectados e atualizados.
Mas a simplicidade da vida cotidiana das famílias parece ter sofrido um upgrade tecnológico.
É comum vermos famílias reunidas fisicamente e, ao mesmo tempo, distantes.
O dedo parece nervoso, mas os movimentos constantes na tela touch screen do celular do filho menor, que imita o comportamento dos pais nos respectivos aparelhos celulares, parece ao mesmo tempo hilário e chocante, pois a tecnologia, embora parece encurtar as distâncias longínquas, também torna longínquas as pessoas que estão tão próximas.
Os pais não mais dedicam aos filhos aquelas horas tão importantes de trocas de carinhos em brincadeiras simples ou mesmo em conversas cotidianas em que se transmitem valores importantes como respeito, integridade e sabedoria.
Crianças e jovens crescem sem a importante fixação dos limites, pois a conexão na rede mundial é ilimitada; sem respeito, pois se não gostar da convivência, basta deletar; sem segurança psíquica, pois é muito fácil ser volúvel na incansável sociedade do consumo.
Resgatar famílias desconexas num mundo consumido pela conexão da futilidade, egoísmo e individualismo, é o desejo do Deus Vivo e Verdadeiro que está conectado conosco a todo momento, inclusive “antes que te formasse no ventre Deus te conheceu” (Jeremias 1, versículo 5), de modo que o Senhor Deus conhece “o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tu conheces” (Salmo 139, versículos 3/4).
A conexão ao mundo nos leva à dor, à amargura, ao sofrimento, mas a conexão à Deus nos traz “pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança” (Jeremias 29, versículo 11).
Futuro de esperança frente ao esfacelamento da família renasce quando o homem se achega ao Senhor Deus, não para apontar o erro da sua companheira, como fez Adão quando tentou justificar o seu pecado atribuindo a culpa a Eva (Gênesis 3, versículo 12), mas para confessar os seus pecados que o distanciaram de Deus e lhe levaram a negligência familiar, pois “enquanto dei silêncio, consumiram-se os meus ossos … confessei-te o meu peado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões e Tu perdoaste a culpa do meu pecado … Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia, de alegres cânticos de livramentos me cercas” (Salmo 32, v. 3, 5 e 7).
O livramento da angústia nasce com o coração sincero e contrito que confessa as suas transgressões e passa a ser guia pelo Espirito Santo de Deus, “andando em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em perfume suave … porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus … por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor e não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5, versículo 2, 5, 17 e 18).
O restabelecimento da conexão com Deus nos leva a conhecer os cânticos alegres de livramento da angústia familiares por meio da observâncias de preceitos básicos fixados ao marido, a esposa e ao filho, que se encontram no Livro de Efésios (Capítulo 5, versículos 22/33, e Capítulo 6, versículos 1/4).
Marido, “amai a vossa mulher como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela … Assim deve o marido amar a sua própria mulher, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, amar-se a si mesmo … Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo” (Efésios 5, versículo 25, 28, 31 / 33).
Esse é o primeiro ponto fundamental, o amor entre marido e a esposa.
Marido ame a sua esposa como “Cristo amou a igreja”, pois as conexões do amor sincero e verdadeiro do casal provocam um upload transbordante de felicidade que é fundamental para o equilíbrio emocional de todos os membros da família (marido, esposa e filhos).
A família feliz é reflexo do amor integro, honesto e sem mácula do casal.
O segundo aspecto fundamental, esposa “admire o marido” (Efésios 5, versículo 33).
Como auxiliadora que você é do seu marido (Gênesis 2, versículo 18), esteja ao lado do seu marido não como contraponto, mas como ponto comum de auxílio ao seu marido, “porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo” (Efésios 5, versículo 23).
O casamento é cercado por momentos de alegria, mas também de tristeza, de saúde, mas também de enfermidades, de sorrisos, mas também de lágrimas, por isso, como corpo equilibrado, é necessário que a mulher sábia edifique a sua casa auxiliando o seu marido nos afazeres familiares e buscando a direção do Senhor Deus, pois, sob a dependência do Espírito Santo, certamente que a bondade e a misericórdia do Senhor seguirão essa abençoada família todos os dias (Salmo 23, versículo 6).
Quando a esposa possui essa admiração pelo marido, naturalmente a esposa “submete-se ao vosso marido, como ao Senhor” (Efésios 5, versículo 22), pois, como mulher virtuosa que se transformou, “o coração do seu marido está nela confiado” (Provérbios 31, versículo 11) e se torna fácil viver em plena harmonia.
Deste modo, a esposa não deve rivalizar com o seu marido na condução da sua casa, para que a sua família não adentre em grande tormenta, antes “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia” (Salmo 37, v. 5/6), pois “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor” (Zacarias 4, versículo 6).
Por último, o terceiro aspecto fundamental é direcionado a pais e filhos.
Filhos “sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa”(Efésios 6, versículo 1/2) e Pais “não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios 6, versículo 4).
O direcionamento é conjunto, pois as ações e os reflexos são concomitantes.
A obediência dos filhos não é conquistada pela imposição ou pelo legalismo, mas pela admiração de pais presentes e carinhosos que direcionam o seu filho no caminho do Coração de Deus.


Observe que a própria Bíblia registra que “há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 16, versículo 25), esse caminho é trilhado com “pequenas” mentiras não repreendidas ou pela terceirização do amor e da educação das crianças à programas “infantis” de televisão, dentre tantas outras formas de abandono físico e emocional.
Por isso, “educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22, versículo 6) … ensine aos vossos filhos que Jesus Cristo é “o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Jesus Cristo” (João 14, versículo 6).
A Palavra do Senhor também faz referência expressa a não provocar a “irritação dos filhos”, seja pela cobrança excessiva ou pelo abandono físico e emocional, ambas as situações causam “irritação dos filhos” e podem causar danos terríveis na família.
Pai e mãe peçam sabedoria ao Senhor Deus na educação dos vossos filhos, para que o vosso lar seja harmonioso.
Bem, o voo já chegou e estou com o coração batendo ainda mais forte para rever a minha amada esposa Jasmine e meus pequenos, Maria Elisa e Samuel Pedro.
Quero continuar conectado no amor da minha família.
Talvez você ainda esteja no avião, em um voo com muita turbulência na família e pensando que o final seja o esfacelamento do lar … mas eu quero lhe dizer que Jesus pode e vai restaurar a sua família … Jesus está ao seu lado batendo a porta do seu coração e se você abrir a porta, Jesus entrar em sua casa, com Ele ceará e sua família sera restaurada (Apocalipse 3, versículo 20).
Estou orando por sua família.
Maninha … desde já feliz aniversário!!!
Que Deus nos abençoe.




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sobre Quebra de Barreiras



Rodolfo Pamplona Filho
Quem tem algo, hoje,
contra a mulher samaritana?
Que médico moderno não tocaria
na mulher com fluxo de sangue?
E há pecado, na visão do presente,
em ser gentio ou publicano?
Ao que consta,
a barreira caiu há muito,
como o véu do tabernáculo 
também já se rompeu...
Se isso está assentado,
troque, então, o termo usado
por muçulmano, polígamo,
prostituta ou homossexual,
para saber que, ao final,
talvez ainda haja 
muitas outras barreiras 
para conhecer e romper...

Salvador, 10 de junho de 2012.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

MANTENDO O FOCO

Marcelo Luís de Souza Ferreira

"E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes.
            Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1. 3-8)

Como é difícil manter o foco!
As atribulações da vida moderna, os compromissos que assumimos, os filhos, as viagens, as enfermidades, a economia, a política, a moda, o programa da televisão... tudo parece contribuir para que desviemos nossa atenção daquilo que realmente importa. E assim, sem darmos conta, permanecemos perdidos em preocupações e discussões inócuas, que não los levarão a lugar algum.
Boa parte dessas preocupações são de fato relevantes e precisam da nossa atenção. O problema surge quando elas tomam toda a nossa atenção e impedem que enxerguemos além, que entendamos o propósito maior de tudo isso.
Isso aconteceu com os apóstolos de Jesus, mesmo após três anos de discipulado, nos quais eles viram e ouviram as maravilhas do reino de Deus, e após presenciarem a extraordinária ressurreição do Cristo. Isso acontece conosco nos dias atuais.
Naquela época, Israel havia perdido toda sua autonomia como nação, estando sob o domínio de Roma. Os apóstolos viviam um tempo de opressão, como quase todo o povo judeu e tinham por óbvio o sonho da libertação desse domínio externo.
Cristo veio ao mundo, no entanto, trazendo uma outra proposta de libertação: a verdadeira libertação.
De que adiantaria libertar o povo do domínio romano se o povo permaneceria escravo do pecado? A proposta de Jesus era maior: “Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem” (Jo 10. 9). A proposta de Jesus era dar da água da vida a todos os que tivessem sede e libertar o homem de toda e qualquer escravidão.
Assim Jesus saiu andando, falando das maravilhas de um reino que não pertence a esse mundo e da possibilidade de experimentá-lo mesmo ainda estando aqui, alimentando os que tinham fome, libertando as pessoas de seus próprios cativeiros (cegueira, possessões demoníacas, doenças das mais variadas) e trazendo vida àqueles que já não tinham mais esperanças.
Os apóstolos o acompanharam, ouviram seus ensinamentos e viram todos os seus milagres. Conheceram de perto a glória de Deus, sentiram o seu amor e receberam Dele a tarefa de espalhar essa novidade pelo mundo, levando alento aos sofredores, curando as almas e aproximando-as de Deus.
No entanto, no momento da “formatura”, quando Jesus estava prestes a ascender aos céus, revelaram, em sua preocupação com a restauração do poder de Israel, que tinham perdido o foco. Apesar de tudo, não compreendiam naquele momento a grandiosidade da missão que tinham para cumprir nem a imensidão da graça recebida.
É o que vemos hoje.
Percebemos a mesma perda de foco em nossas igrejas, nos cristãos atuais.
Ao invés de levarmos a mensagem adiante, acolhendo as pessoas e aproximando-as de Cristo, nós as repelimos, as afastamos de Deus.
Fixamo-nos no discurso a respeito do pecado alheio e nos esquecemos de apresentar Jesus como o caminho da libertação.
Dissentimos entre nós mesmos a respeito de rituais litúrgicos como se fôssemos donos do Espírito Santo e como se Ele agisse segundo as nossas conveniências e escolhas, ignorando que “o vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.” (Jo 3:8).
Nos perdemos no pecado da religiosidade, em que o culto é mais importante que o cultuado.
Não há dúvidas de que o povo de Deus está oprimido. Não há mais o jugo do Império Romano a nos afligir, mas existe sim uma resistência (para não dizer uma guerra) muito grande do mundo com relação ao evangelho.
A todo momento nossos valores são questionados, ridicularizados. A cada instante alguém desdenha da nossa fé e o mundo nos sufoca com toda sorte de perversidade.
Diante dessa opressão, porém, estamos nos voltando contra as pessoas. E justamente contra as pessoas que mais precisariam ouvir o evangelho, pois o desconhecem por completo.
Não nos aproximamos delas, pois nos nossos corações já as condenamos e executamos nossa sentença: queimem no fogo eterno! Logo nós, que fomos resgatados e salvos nos últimos minutos exclusivamente pela graça de Deus achamo-nos no direito de escolher quem terá direito ao céu.
Diante dessa opressão nós questionamos qual igreja é a melhor, qual pastor está mais capacitado, qual louvor está mais de acordo com o nosso conhecimento de Deus. Perdemos tanto tempo discutindo os meios que nos esquecemos do fim.
Paulo já advertia a igreja primitiva quanto a esse mesmo equívoco: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”(Ef 6:12). Nossos inimigos não são as pessoas, tampouco os irmãos que professam a mesma fé em Cristo Jesus.
Na verdade, nossos inimigos estão mais próximos do que imaginamos, pois ainda estão dentro de nós.
A reprimenda feita por Jesus naquela ocasião (“Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade”) continua atual.
Conhecer Deus não nos torna proprietários Dele. O Espírito Santo, como o vento, não pode ser controlado. Os caminhos de Deus são de sua exclusiva autoridade e conhecimento, e, acreditem, tendem a nos surpreender cada dia mais.
Precisamos, portanto, ouvir o conselho do Mestre e aguardar. No tempo certo, “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas”, simplesmente isso, testemunhas de Cristo até aos confins da terra.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

MAIS UMA CHANCE!


Fotografia: Augusto Araújo Neto
Texto: Marcelo Luís de Souza Ferreira

O nascer de um novo dia é um presente dado por Deus.
O despontar do sol, anunciando uma nova manhã com todo o seu esplendor, nos revela, na grandiosidade do nosso Criador, a extensão do seu amor e toda sua misericórdia.
Ao acordar e sentir através da respiração que o sopro de vida ainda permanece no seu interior, você já pensou no que isso realmente significa?
Significa uma nova oportunidade!
Se até agora sua vida não tem dado certo, se sua família está esfacelada, se você ainda se sente preso e oprimido e não consegue se libertar do seu cativeiro, Deus incentiva a tentar mais uma vez.
Se o casamento ainda não ocorreu ou se a gravidez não vingou, eis mais uma oportunidade para fazer com que as coisas deem certo.
Se a doença chegou e lhe tira a esperança de um futuro, esse novo dia é a prova de que Deus está lhe dando mais tempo para sentir o Seu amor, mais tempo para viver.
Se o emprego não aparece, se não houve aprovação no concurso público ou se os negócios ainda não decolaram, Deus lhe dá mais um dia para tentar. É mais uma chance, mais uma gota de esperança e, mais uma vez, a renovação de de um pedido e uma promessa: “Entregue-se e Eu cuidarei de você”.
Se apesar de todo o seu esforço as coisas não saíram como você imaginava, Deus oferece outro dia e Se dispõe a estar à frente de tudo, preparando seu caminho e lhe conduzindo ao longo dele para algo muito melhor do que você próprio é capaz de imaginar.
Não importa se até agora você cometeu alguns erros. Não importa se até a noite de ontem, quando você deitou para dormir, havia dor, sofrimento e amargura na sua alma. Não importa o quanto você já brigou com Deus, já reclamou Dele e já cortou relações com o Pai... Ele está lhe dando um novo dia, propondo uma nova aliança e desejando o seu abraço de entrega. Ele está lhe dando condições de se levantar de todos os tombos sofridos e agora seguir em frente.
A correria, os compromissos, os cobradores, o trânsito, o cansaço, a dor de cabeça, o medo, a culpa, o remorso, o ressentimento... tudo fica pra trás quando Deus olha atentamente para você e diz: “Filho, que tal começar tudo de novo, mas agora do jeito certo? Eu posso fazer isso por você... Só Eu posso!”
Portanto, ao acordar, quando o raio de sol vier lhe convidar para o início de um novo dia, aquiete seu coração e simplesmente ouça. É Deus, convidando para um recomeço.

Aceite o convite!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

ELE É...



VOCÊ JÁ OROU POR UM MILAGRE?

Hernandes Dias Lopes

          A oração é a fraqueza do homem unida à onipotência divina.
         A oração liga o altar ao trono e por meio dela podemos rogar a Deus intervenções milagrosas na terra. 
     A Bíblia diz que Pedro estava preso, mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja em seu favor (At 12.5). Tiago já estava morto e Pedro estava na prisão de segurança máxima de Herodes Agripa I, aguardando o final da Páscoa para ser executado. Havia dezesseis soldados guardando Pedro. Na última noite, Deus enviou seu anjo que despertou Pedro e fez os guardas adormecerem. Depois enviou um anjo para ferir de morte Herodes. Em vez Herodes matar Pedro, o Deus de Pedro matou Herodes. 
       A igreja em vez de ficar acuada, tornou-se mais ousada e a Palavra de Deus prevaleceu em Jerusalém. 
     Quando a igreja ora as intervenções milagrosas de Deus acontecem na terra. A igreja de Deus nunca é tão forte como quando está de joelhos!