quinta-feira, 17 de outubro de 2013

SEJA FELIZ!


Seja feliz! Esta é a ordem do dia e para isso você empenhará tudo o que tem e tudo o que pode fazer ao longo do dia de hoje. Seja feliz!
O interessante é que ninguém duvida dessa premissa. Ninguém acorda pela manhã decidido a tornar sua própria vida um inferno. Ninguém começa um novo dia pensando: “Hoje eu farei de tudo para ser infeliz!”.
Então, por que não somos felizes? Por que as pessoas estão cada vez mais deprimidas, frustradas, doentes e infelizes? Por que?
Até conseguimos alguns momentos de alegria ao longo de nossas vidas, mas a infelicidade parece nos perseguir e sempre os torna passageiros, não é verdade?
Observem. Passamos um longo tempo tentando encontrar alguém e quando encontramos vivenciamos a alegria de estarmos apaixonados. No entanto, logo aparecem as incompatibilidades, surgem as decepções e nos vemos infelizes ao lado daquela pessoa que há pouco nos dava tanto prazer pela sua companhia.
Também acontece com o emprego. Depois de tanto procurarmos e tentarmos uma colocação a atingimos e ficamos temporariamente contentes. Mas não demora muito e aparecem problemas dos mais diversos que nos tornam infelizes também no trabalho.
Se pararmos para pensar é assim com praticamente tudo o que desejamos e conquistamos, de modo que nos sentimos infelizes quando não atingimos nossos objetivos mas também terminamos infelizes quando os atingimos. Por que tamanho paradoxo?
Será que há uma receita para a felicidade real? Será que existe um meio de nos sentirmos felizes mesmo diante das adversidades e das dificuldades normais da vida?
A resposta a essas perguntas é afirmativa. Existe sim uma receita para a verdadeira felicidade e ela nunca esteve escondida. Nós apenas resistimos em segui-la e temos optado por atalhos que na realidade nos fazem andar sempre em círculos.
A Bíblia nos ensina que no sexto dia da criação do mundo “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn 1. 31) e só descansou depois de se assegurar de tudo quanto havia criado era bom.
O interessante é que Deus não criou o mundo para dele usufruir sozinho. Deus criou o paraíso para o ser humano, colocando o homem e a mulher no domínio de todas as coisas boas que havia criado. Sua ordem, na minha ótica, era simples e clara: “Sejam felizes! Aproveitem a vida! Tenham prazer nas coisas que fiz para vocês e deixem que Eu cuido de tudo!”. Isso não está escrito no Livro da Vida, mas é a percepção que tenho quando leio o Gênesis.
Deus criou o homem para ser feliz, o que seria plenamente possível se o homem se preocupasse apenas em usufruir das coisas boas que Deus havia criado e colocado à sua disposição. Mas isso deixou de ocorrer quando o homem deixou de olhar para aquilo que já possuía e teve a pretensão de ter o que não era seu, de usurpar o posto do Criador (Gn 3. 1-7). Talvez esse seja um dos primeiros atalhos que pegamos para chegar a lugar algum.
Ainda hoje Deus nos dá muitas coisas boas. Temos vida, saúde, família, amigos, marido, esposa, filhos, emprego e algum conforto material. Mas não nos contentamos nunca com o que temos e procuramos sempre colocar defeito na obra de Deus: “Ah! Se dependesse de mim tudo seria diferente!”. Não é assim que pensamos?
Essa nossa constante insatisfação nos traz infelicidade, mas o pior é que quando perdemos o que já temos é que nos damos conta do tesouro que nos havia sido confiado e aí sofremos mais ainda. É diante da morte, da doença, do divórcio, do problema com as drogas e da perda dos bens materiais que descobrimos o valor daquilo que já não temos mais e isso nos traz uma infelicidade ainda maior.
Mas mesmo com a queda do homem, Deus não desistiu de nos fazer felizes. Pelo contrário, sabendo da nossa dificuldade em entender nossa própria natureza, Deus esmiuçou a receita, detalhando-a através de mandamentos (Ex 20).
Assim, nosso Pai nos ensina a não cobiçar ou desejar o que é do próximo. Em outras palavras, o que ele nos diz é: “Se contente com o que Eu já dei e aproveite! Assim como você não deseja que tirem o que é seu, não queira para você o que é de outra pessoa”.
E como essa lição de felicidade nos serve para os dias atuais! Quanta tristeza alimentamos em nós mesmos pelas coisas que não podemos comprar, pela casa que não conseguimos ter, pela família do vizinho ser mais unida e feliz que a nossa, pelo sucesso profissional que um amigo tem e nós não temos, por não termos um namorado ou uma namorada igual a de outrem... quanta amargura não acumulamos?
Nosso Pai ensina a honrar pai e mãe “para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”. E quanta tristeza e morte o esfacelamento das famílias não tem provocado atualmente?
Em seu amor infinito, nosso Senhor ainda nos ensina que precisamos descansar, que precisamos parar de trabalhar um pouco, de tentar conquistar mais e mais para aproveitar aquilo que já nos foi dado. Afinal, não sabemos se teremos o dia de amanhã para isso! E quantos não são os que morrem ou perdem a saúde por causa da estafa?
Para ter felicidade, Deus nos mostra o caminho da fidelidade, da idoneidade, do valor à vida, da verdade no falar e no agir.
Mas o mais importante nessa valiosa receita está na observância ao primeiro mandamento: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Gn 20. 1-6).
Sabe o que Deus está dizendo? Ele nos diz: “Quer ser feliz? Confie em mim de todo o teu ser e com todo o teu coração. Eu sou o SENHOR e eu cuido do ti”.
Há pessoas que depositam todas as suas fichas num relacionamento afetivo, como se o namorado, o cônjuge ou um filho fosse o responsável por sua felicidade.
Há quem acredite que sua felicidade estará na acumulação de riquezas e vive uma vida inteira apenas para isso.
Tem gente que resume sua vida ao trabalho ou à posição social que ocupa.
Há quem estabeleça como meta se tornar uma celebridade e ser ele próprio cultuado, adorado.
Há quem faça do sexo, da comida, da bebedeira ou de qualquer outro prazer momentâneo sua razão de ser e se torna escravo desses desejos.
Nada disso nos garante a felicidade permanente.
Nenhuma pessoa, por mais honesta e verdadeira que seja, é capaz de satisfazer todas as nossas expectativas e necessidades, tampouco nós temos condições de sermos objeto de adoração dos outros, não damos conta de tanta cobrança.
Os bens materiais se deterioram ou são roubados.
A saúde vai se comprometendo com o decorrer dos anos e nos impede de obter os mesmos objetos de desejo de antigamente.
A juventude passa e a beleza física se transforma.
A escravidão ao desejo nos impede de prosseguir e de viver.
Em suma, nenhuma dessas coisas pode orientar nossas vidas. Nada disso pode nos reger. Se devotarmos nossas vidas a isso certamente nos perderemos e experimentaremos um estado de frequente tristeza e infelicidade.
Portanto, tenha como Deus e Senhor da sua vida apenas o seu Criador. Deposite nele – e apenas nele - suas esperanças e expectativas. Ele te gerou, conhece os seus mais profundos sentimentos, sonda sua alma e é o único que sabe o que você realmente necessita para ser feliz.
As pessoas podem te ajudar e compartilhar dos seus momentos de felicidade. Os bens podem fazer parte desses momentos e complementá-los. O prazer físico será consequência de um estado interior de alegria. Mas a felicidade estará em se entregar apenas ao seu Criador, confiar a Ele todas as suas necessidades e contemplar aquilo que Ele quer fazer especialmente para você.

Faça isso e seja feliz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário