sábado, 12 de outubro de 2013

Conectado …. Eu?

Francisco Milton


E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” (Mateus 3, versículos 16/17).


 
Basta ligar o computador que, automaticamente, começam a surgir mensagens de aplicativos sugerindo a conexão na internet para novas atualizações do software.
Conexões e mais conexões para intermináveis atualizações, mas dessa vez a frustração bate a porta do hardware, pois estando em uma poltrona apertada do avião e sem conexão na internet, as atualizações do software momentaneamente não serão realizadas.
Mas se a conexão à rede mundial de computadores não é possível nesse momento, a conexão nas memórias e pensamentos parecem me levar para épocas e lugares distantes, minha infância, minhas irmãs, meus pais.
Amanhã, 12 de outubro, quando se comemora o dia das crianças, também comemoramos o aniversário da minha amada irmã Michele.
Nesses meus quase 40 anos, trazer a memória essa data é fazer um download das brincadeiras em família, da simplicidade dos presentes regados pelo amor e pelo carinho de meus pais.
Meus pais presentes, esse era o maior presente que eu poderia receber, ainda que o meu coração de criança imaginasse que talvez o principal presente fosse ganhar um brinquedo ... poder jogar bola com o meu pai e ouvir a voz da minha mãe chamando para almoçar aquela comida especialmente caseira e saborosa e, ainda, poder comemorar o aniversário da minha irmão em família era o melhor presente.
Minha família não possuía recursos para alugar salão de festa, contratar cerimonialista, animador ou buffet.
Os aniversários eram celebrados em casa de forma muito simples e regada a alegria do “corre-corre” de crianças no meio da casa ... tudo era festa, desde arrumar a casa a encher os balões, da panela de brigadeiro a lavagem do pátio, dos refrigerantes na geladeira ao banho no final da tarde ... tudo era festa ao lado dos pais e amigos.
Pais presentes do engatinhar ao andar, dos primeiros rabiscos às provas do vestibular, das primeiras brincadeiras aos jogos estudantis, das primeiras conversas aos conselhos para a vida, do primeiro choro no hospital às lagrimas das frustrações da adolescência que vão nos ensinando a viver, a todo momento pais não apenas presentes, mas também conectados e atualizados sobre a vida dos filhos.
Quando pensávamos em sair de casa, cercado das perguntas “você já pediu para o seu pai / mãe?”, “para onde?”, “com quem?”, “que horas você vai voltar”, eis que ao final palavras eram “Deus te abençoe meu filho (a)”.
Pais presentes, conectados e atualizados.
Mas a simplicidade da vida cotidiana das famílias parece ter sofrido um upgrade tecnológico.
É comum vermos famílias reunidas fisicamente e, ao mesmo tempo, distantes.
O dedo parece nervoso, mas os movimentos constantes na tela touch screen do celular do filho menor, que imita o comportamento dos pais nos respectivos aparelhos celulares, parece ao mesmo tempo hilário e chocante, pois a tecnologia, embora parece encurtar as distâncias longínquas, também torna longínquas as pessoas que estão tão próximas.
Os pais não mais dedicam aos filhos aquelas horas tão importantes de trocas de carinhos em brincadeiras simples ou mesmo em conversas cotidianas em que se transmitem valores importantes como respeito, integridade e sabedoria.
Crianças e jovens crescem sem a importante fixação dos limites, pois a conexão na rede mundial é ilimitada; sem respeito, pois se não gostar da convivência, basta deletar; sem segurança psíquica, pois é muito fácil ser volúvel na incansável sociedade do consumo.
Resgatar famílias desconexas num mundo consumido pela conexão da futilidade, egoísmo e individualismo, é o desejo do Deus Vivo e Verdadeiro que está conectado conosco a todo momento, inclusive “antes que te formasse no ventre Deus te conheceu” (Jeremias 1, versículo 5), de modo que o Senhor Deus conhece “o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tu conheces” (Salmo 139, versículos 3/4).
A conexão ao mundo nos leva à dor, à amargura, ao sofrimento, mas a conexão à Deus nos traz “pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança” (Jeremias 29, versículo 11).
Futuro de esperança frente ao esfacelamento da família renasce quando o homem se achega ao Senhor Deus, não para apontar o erro da sua companheira, como fez Adão quando tentou justificar o seu pecado atribuindo a culpa a Eva (Gênesis 3, versículo 12), mas para confessar os seus pecados que o distanciaram de Deus e lhe levaram a negligência familiar, pois “enquanto dei silêncio, consumiram-se os meus ossos … confessei-te o meu peado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões e Tu perdoaste a culpa do meu pecado … Tu és o meu esconderijo; preservas-me da angústia, de alegres cânticos de livramentos me cercas” (Salmo 32, v. 3, 5 e 7).
O livramento da angústia nasce com o coração sincero e contrito que confessa as suas transgressões e passa a ser guia pelo Espirito Santo de Deus, “andando em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em perfume suave … porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus … por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor e não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5, versículo 2, 5, 17 e 18).
O restabelecimento da conexão com Deus nos leva a conhecer os cânticos alegres de livramento da angústia familiares por meio da observâncias de preceitos básicos fixados ao marido, a esposa e ao filho, que se encontram no Livro de Efésios (Capítulo 5, versículos 22/33, e Capítulo 6, versículos 1/4).
Marido, “amai a vossa mulher como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela … Assim deve o marido amar a sua própria mulher, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, amar-se a si mesmo … Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.
Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo” (Efésios 5, versículo 25, 28, 31 / 33).
Esse é o primeiro ponto fundamental, o amor entre marido e a esposa.
Marido ame a sua esposa como “Cristo amou a igreja”, pois as conexões do amor sincero e verdadeiro do casal provocam um upload transbordante de felicidade que é fundamental para o equilíbrio emocional de todos os membros da família (marido, esposa e filhos).
A família feliz é reflexo do amor integro, honesto e sem mácula do casal.
O segundo aspecto fundamental, esposa “admire o marido” (Efésios 5, versículo 33).
Como auxiliadora que você é do seu marido (Gênesis 2, versículo 18), esteja ao lado do seu marido não como contraponto, mas como ponto comum de auxílio ao seu marido, “porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo” (Efésios 5, versículo 23).
O casamento é cercado por momentos de alegria, mas também de tristeza, de saúde, mas também de enfermidades, de sorrisos, mas também de lágrimas, por isso, como corpo equilibrado, é necessário que a mulher sábia edifique a sua casa auxiliando o seu marido nos afazeres familiares e buscando a direção do Senhor Deus, pois, sob a dependência do Espírito Santo, certamente que a bondade e a misericórdia do Senhor seguirão essa abençoada família todos os dias (Salmo 23, versículo 6).
Quando a esposa possui essa admiração pelo marido, naturalmente a esposa “submete-se ao vosso marido, como ao Senhor” (Efésios 5, versículo 22), pois, como mulher virtuosa que se transformou, “o coração do seu marido está nela confiado” (Provérbios 31, versículo 11) e se torna fácil viver em plena harmonia.
Deste modo, a esposa não deve rivalizar com o seu marido na condução da sua casa, para que a sua família não adentre em grande tormenta, antes “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia” (Salmo 37, v. 5/6), pois “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor” (Zacarias 4, versículo 6).
Por último, o terceiro aspecto fundamental é direcionado a pais e filhos.
Filhos “sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa”(Efésios 6, versículo 1/2) e Pais “não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Efésios 6, versículo 4).
O direcionamento é conjunto, pois as ações e os reflexos são concomitantes.
A obediência dos filhos não é conquistada pela imposição ou pelo legalismo, mas pela admiração de pais presentes e carinhosos que direcionam o seu filho no caminho do Coração de Deus.


Observe que a própria Bíblia registra que “há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Provérbios 16, versículo 25), esse caminho é trilhado com “pequenas” mentiras não repreendidas ou pela terceirização do amor e da educação das crianças à programas “infantis” de televisão, dentre tantas outras formas de abandono físico e emocional.
Por isso, “educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22, versículo 6) … ensine aos vossos filhos que Jesus Cristo é “o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por Jesus Cristo” (João 14, versículo 6).
A Palavra do Senhor também faz referência expressa a não provocar a “irritação dos filhos”, seja pela cobrança excessiva ou pelo abandono físico e emocional, ambas as situações causam “irritação dos filhos” e podem causar danos terríveis na família.
Pai e mãe peçam sabedoria ao Senhor Deus na educação dos vossos filhos, para que o vosso lar seja harmonioso.
Bem, o voo já chegou e estou com o coração batendo ainda mais forte para rever a minha amada esposa Jasmine e meus pequenos, Maria Elisa e Samuel Pedro.
Quero continuar conectado no amor da minha família.
Talvez você ainda esteja no avião, em um voo com muita turbulência na família e pensando que o final seja o esfacelamento do lar … mas eu quero lhe dizer que Jesus pode e vai restaurar a sua família … Jesus está ao seu lado batendo a porta do seu coração e se você abrir a porta, Jesus entrar em sua casa, com Ele ceará e sua família sera restaurada (Apocalipse 3, versículo 20).
Estou orando por sua família.
Maninha … desde já feliz aniversário!!!
Que Deus nos abençoe.




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