sábado, 19 de julho de 2014

CONSTATAÇÃO


Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.” (Salmo 19:1-3)

Basta olhar ao redor com atenção. Todas as coisas que existem declaram a glória de Deus, seu Criador.
Desde a mais tenra flor à complexidade da física quântica. De um organismo invisível como o vírus à complexa máquina que é o corpo humano. Da luz do sol que alimenta toda plantação. Da semente seca e aparentemente sem vida que na escuridão do solo, como num passe de mágica, cria raízes, brota e vence a terra que a encobre para se transformar em uma imensa árvore e dar outros frutos da mesma natureza, se multiplicando. Do espantoso e necessário ciclo da água... ABSOLUTAMENTE TUDO atesta não só a existência de Deus mas sua magnitude. Basta parar um pouco e pensar.
Nosso universo é regido por leis imutáveis. Os planetas não colidem. Um ser, contem em si, numa minúscula partícula, toda a informação necessária para gerar outro ser da mesma espécie (e não consegue gerar de si nada que seja de outra espécie).
Vejam quanta diversidade de vida! Formatos, cores, funções tão diferentes e tão necessárias umas para as outras.
E o que falar do corpo humano? Cérebro. Mente. Alma.
Acreditar que tudo isso seria obra do acaso é fechar os olhos para a realidade. Acreditar que a poeira cósmica, por si só, se agruparia em tão diferentes formatos e produziria vida num sistema tão complexo e harmônico é dar as costas para a inteligência de que fomos dotados.
O poder de Deus, Sua mente criativa, Seu caráter firme e imutável são testemunhados pelo sol, pelo sistema solar, pelos átomos, pelas flores, pelos pássaros... E isso qualquer homem, em qualquer lugar do mundo e em qualquer cultura é capaz de compreender pelos seus sentidos. Não há desculpas!
Mas o amor de Deus é testemunhado em nós, que fomos criados para usufruir e cuidar de toda essa magnífica obra. Que recebemos em mãos o domínio sobre toda a criação. E que a cada novo dia que nasce ganhamos uma nova oportunidade de ajeitar as coisas e de viver as bênçãos preparadas por Deus para as nossas vidas.
Que Deus nos permita enxergar tudo isso.
Que Deus retire as vendas que colocamos sobre os nossos olhos para que possamos ver com clareza o que realmente é colocado à nossa disposição.
Que Deus nos permita olhar para o sorriso inocente de uma criança e perceber ali uma pequena parte da Sua Glória!


quinta-feira, 17 de julho de 2014

DESABAFO



O ar hoje parece estar mais pesado que o normal. Está difícil respirar!
Tentei andar pela rua e vi pessoas apreensivas e sem esperanças. Ouvi notícias tristes... muito tristes. Senti o medo ocupando espaços.
Há muito medo, traumas e decepções pelas ruas.
Definitivamente, estamos no rumo errado.
A felicidade que a TV insiste em tentar vender é uma ilusão sem tamanho. Na verdade, em lugar de felicidade estamos adquirindo ansiedade e desespero. E já não sabemos quem ou o que somos.
A cada dia que passa criam uma necessidade nova para nos atormentar e a cada dia que passa eu sinto o relógio seguindo o seu curso normal e nos deixando com menos tempo para desarmar a bomba. De alguma forma, todos sentem.
Alguns já desistiram...
Muitos foram esvaziados e perambulam pelas ruas como zumbis, mortos-vivos já sem alma, que consomem, se consomem e somem...
Tudo é permitido, mas, curiosamente, não é permitido viver. Não é permitido viver de verdade.
O ar parece mesmo mais pesado.
Talvez porque estejamos transbordando em maldade. Somos maus, naturalmente maus... e nossa maldade está nos impedindo de respirar.
Mas havia um caminho de volta. Sempre houve... ainda há: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19).
Arrependei-vos”. Nunca um clamor soou tão necessário e urgente quanto agora.
Mas como se arrepender quando já se decidiu acreditar que tudo é permitido, que todas as coisas são válidas e que nós mesmos somos nossos senhores? Como nos arrepender quando nos elegemos deuses e quando colocamos nossos desejos como valores absolutos?
Não há do que se arrepender, não é mesmo!? Estamos nos destruindo por dentro e por fora, nos matamos, roubamos, usamos as pessoas... mas não há do que se arrepender.
. . .

Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus 19:25-26).
. . .

O ar continua pesado.
- Pai, tem misericórdia de nós!