O ar hoje parece estar mais pesado que o normal. Está
difícil respirar!
Tentei andar pela rua e vi pessoas apreensivas e sem
esperanças. Ouvi notícias tristes... muito tristes. Senti o medo
ocupando espaços.
Há muito medo, traumas e decepções pelas ruas.
Definitivamente, estamos no rumo errado.
A felicidade que a TV insiste em tentar vender é uma
ilusão sem tamanho. Na verdade, em lugar de felicidade estamos
adquirindo ansiedade e desespero. E já não sabemos quem ou o que
somos.
A cada dia que passa criam uma necessidade nova para nos
atormentar e a cada dia que passa eu sinto o relógio seguindo o seu
curso normal e nos deixando com menos tempo para desarmar a bomba. De
alguma forma, todos sentem.
Alguns já desistiram...
Muitos foram esvaziados e perambulam pelas ruas como
zumbis, mortos-vivos já sem alma, que consomem, se consomem e
somem...
Tudo é permitido, mas, curiosamente, não é permitido
viver. Não é permitido viver de verdade.
O ar parece mesmo mais pesado.
Talvez porque estejamos transbordando em maldade. Somos
maus, naturalmente maus... e nossa maldade está nos impedindo de
respirar.
Mas havia um caminho de volta. Sempre houve... ainda há:
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os
vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença
do Senhor” (Atos 3:19).
“Arrependei-vos”. Nunca um clamor soou tão
necessário e urgente quanto agora.
Mas como se arrepender quando já se decidiu acreditar
que tudo é permitido, que todas as coisas são válidas e que nós
mesmos somos nossos senhores? Como nos arrepender quando nos elegemos
deuses e quando colocamos nossos desejos como valores absolutos?
Não há do que se arrepender, não é mesmo!? Estamos
nos destruindo por dentro e por fora, nos matamos, roubamos, usamos
as pessoas... mas não há do que se arrepender.
. . .
“Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se
muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é
isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus
19:25-26).
. . .
O ar continua pesado.
- Pai, tem misericórdia de nós!
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