quinta-feira, 17 de julho de 2014

DESABAFO



O ar hoje parece estar mais pesado que o normal. Está difícil respirar!
Tentei andar pela rua e vi pessoas apreensivas e sem esperanças. Ouvi notícias tristes... muito tristes. Senti o medo ocupando espaços.
Há muito medo, traumas e decepções pelas ruas.
Definitivamente, estamos no rumo errado.
A felicidade que a TV insiste em tentar vender é uma ilusão sem tamanho. Na verdade, em lugar de felicidade estamos adquirindo ansiedade e desespero. E já não sabemos quem ou o que somos.
A cada dia que passa criam uma necessidade nova para nos atormentar e a cada dia que passa eu sinto o relógio seguindo o seu curso normal e nos deixando com menos tempo para desarmar a bomba. De alguma forma, todos sentem.
Alguns já desistiram...
Muitos foram esvaziados e perambulam pelas ruas como zumbis, mortos-vivos já sem alma, que consomem, se consomem e somem...
Tudo é permitido, mas, curiosamente, não é permitido viver. Não é permitido viver de verdade.
O ar parece mesmo mais pesado.
Talvez porque estejamos transbordando em maldade. Somos maus, naturalmente maus... e nossa maldade está nos impedindo de respirar.
Mas havia um caminho de volta. Sempre houve... ainda há: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19).
Arrependei-vos”. Nunca um clamor soou tão necessário e urgente quanto agora.
Mas como se arrepender quando já se decidiu acreditar que tudo é permitido, que todas as coisas são válidas e que nós mesmos somos nossos senhores? Como nos arrepender quando nos elegemos deuses e quando colocamos nossos desejos como valores absolutos?
Não há do que se arrepender, não é mesmo!? Estamos nos destruindo por dentro e por fora, nos matamos, roubamos, usamos as pessoas... mas não há do que se arrepender.
. . .

Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus 19:25-26).
. . .

O ar continua pesado.
- Pai, tem misericórdia de nós!

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