quarta-feira, 12 de novembro de 2014

TALVEZ SEJA A SUA HORA. APROVEITE!



Você chegou a um ponto decisivo na jornada da vida, não é mesmo?
Tudo o que você podia fazer, você fez. E se há algo de que não pode ser acusado é de não ter tentado.
Precisamos ser honestos. Nem tudo deu errado. Algumas apostas até que deram um bom resultado, mas em linhas gerais você sente um vazio.
Você olha ao redor e percebe que o que fez não foi suficiente.
Você olha para frente e não sabe se adianta caminhar na mesma direção.
Você olha para trás e com um pouco mais de atenção consegue enxergar um rastro de coisas indesejáveis. Coisas das quais você se envergonha e que a todo custo procura esconder ou fazer com que sejam esquecidas.
Você olha pra dentro de si mesmo e não se enxerga como gostaria de se enxergar.
Há algo que incomoda, que constrange e que de certa forma assusta.
É preciso muito ar para continuar a caminhar, não é mesmo?
Você força a respiração, puxa todo o ar que consegue para tentar prosseguir adiante, mas às vezes parece ser difícil demais dar o próximo passo.
E de fato é.
Com toda essa bagagem nas costas, com toda essa carga sobre os ombros... é realmente difícil prosseguir com a caminhada.
As pernas também fraquejam. Você dá um tempo para descansar, na tentativa de renovar as energias, mas quando se levanta, pensando já ter recarregado as baterias, bastam poucos passos para perceber que a caminhada continua dura demais.
Talvez você esteja pensando, nesse exato momento, que esse é o final, que não há mesmo como fazer com que as coisas dêem certo.
Talvez você esteja a ponto de desistir de tudo, dar um basta ou simplesmente abandonar o barco.
Afinal, já percebeu que não adianta gritar, não adianta chorar e nem adianta sair correndo.
Talvez você não esteja mais querendo continuar nessa jornada.
Mas pare um pouco e tente me ouvir por mais alguns instantes. Não faça nada por enquanto.
Eu não vou pedir que você se supere, que se esforce mais. Seria crueldade da minha parte impor a você mais uma carga, mais um peso.
Na verdade, quero apenas dizer que você fez o possível e caminhou o quanto podia caminhar sozinho.
Isso era tudo o que você tinha condições de fazer sozinho e reconhecer isso não é demérito algum.
Reconhecer isso não o torna menor ou pior do que ninguém.
Pelo contrário. Reconhecer a própria fraqueza pode ser a porta para um novo começo.
Olhar para trás e encarar os próprios erros pode ser o primeiro passo para que você se liberte deles. Ao encará-los, eles não poderão mais lhe manter preso, nem definir o seu futuro.
Portanto, eu só peço que você faça isso.
Olhe para trás e para si mesmo. Dispa-se, desnude-se. Veja-se no espelho como você realmente é e reconheça esse monte de defeitos que você luta diariamente para esconder.
Eles estão aí dentro e permanecerão, embora você não queira, até que se liberte de todos eles. E para se libertar é necessário reconhecer... e se arrepender.
Uma doença só pode ser tratada quando o doente reconhece o seu estado e se dispõe a ter saúde novamente. Somente assim o “médico” pode agir:

Estando Jesus em casa, foram comer com ele e seus discípulos muitos publicanos e "pecadores".
Vendo isso, os fariseus perguntaram aos discípulos dele: "Por que o mestre de vocês come com publicanos e ‘pecadores’? "
Ouvindo isso, Jesus disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores". (Mateus 9:10-13)

Não jogue a toalha agora.
Talvez esse aperto que você sente no peito seja o sinal de que esse é o momento para você.
A porta está à sua frente e para abri-la basta que você se levante, largando de lado toda essa bagagem de erros e decepções, e gire a maçaneta, dizendo:

Senhor Jesus, eu preciso de ti. Sou pecador e essa é a minha natureza: falha. Cansei de errar. Cansei de tentar caminhar pelas minhas próprias pernas. Cansei de ferir e ser ferido. Não quero mais ser o mesmo. Quero uma vida nova e sei que somente o Senhor pode me dar. Me arrependo do que fiz, do que pensei e do que senti. Me arrependo daquilo que me tornei ao longo de todos esses anos. Estou entregue a ti, totalmente. Conduza-me.”

Para quem já tentou tantas coisas mais difíceis, não custa tentar algo tão fácil! Apenas tente.
Afinal, há uma promessa esperando para ser cumprida na sua vida:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28-30)

domingo, 17 de agosto de 2014

LUTE PELO SEU CASAMENTO!



Carta aberta às mulheres cristãs.

LUTE PELO SEU CASAMENTO!

Estou escrevendo esta carta a um destinatário específico: mulheres cristãs.
Por isso, se você não se considera cristã ou não acredita nos valores e princípios bíblicos (afinal, é um direito que você tem e eu respeito isso plenamente), peço que nem leia o restante deste texto para evitar qualquer dissabor. Não quero afrontar os seus conceitos nem atacar as suas crenças, ok?
Feita essa ressalva, presumo que você, por ainda estar lendo esta carta, se considere cristã e compartilhe comigo a visão de que a Palavra de Deus é a verdade com base na qual devemos nos portar. E é com base nessa mesma verdade que eu quero dividir com você algo que tem me tirado o sono: casamentos desfeitos.
A quantidade de relacionamentos desfeitos com que tenho me deparado ultimamente me assusta. Casais que aparentemente se davam bem de uma hora para outra se separam, desistindo de uma vida conjunta de anos e de tudo o que construíram durante esse tempo.
Sonhos de uma vida em conjunto, filhos, bens... tudo isso de repente passa a não ter mais o mesmo valor, a mesma importância, e quando nos damos conta um dos cônjuges joga tudo para o alto e parte pra outra, deixando para trás um rastro de mágoas e decepções, traumas e feridas que muitas vezes jamais se deixam cicatrizar.
Na maioria dos casos, o que percebo é que a iniciativa de abandonar o barco é do homem e isso leva à falsa ideia de que o homem seria o vilão da história, o único culpado pelo sofrimento de toda a família que se desfaz.
Mas, na verdade, uma análise mais apurada e imparcial me leva a concluir que nessa história quase sempre a culpa é dos dois: o barco já estava furado há muito tempo e a água foi tomando conta sem que ninguém se preocupasse mesmo em tapar os buracos.
Por isso, e também por reconhecer a maior sensibilidade das mulheres para as situações críticas (o homem normalmente demora para perceber que o sinal de alerta já está ligado), quero me dirigir a elas, apelando para que lutem pelo seu casamento e não permitam que qualquer coisa destrua aquilo que Deus planejou e colocou em suas mãos. E desejo fazer isso expondo alguns dos furos que normalmente aparecem nesse barco contra os quais vocês, mulheres cristãs, podem e devem se precaver.
Vamos lá?

1 – ESTAMOS EM GUERRA!
Se há uma constatação da qual não podemos escapar é essa: estamos no meio de uma intensa batalha.
Não ignore isso jamais. Seu casamento é alvo de ataques e estratégias de destruição muito bem elaboradas, que exploram exatamente os pontos fracos da relação para miná-la.
Por isso, toda atenção é necessária.

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)

Muitas mulheres desprezam essa advertência e ao se casarem acreditam que tudo já está garantido e que não necessitam mais lutar pela atenção e cuidados de seu marido. Com isso, se descuidam e não percebem que é justamente agora que a sua cautela precisa ser redobrada, pois seu projeto de família, ao se concretizar, atrai ainda mais a fúria de um exército inimigo disposto exclusivamente a “matar, roubar e destruir” (João 10:10).
E isso se torna cada vez mais evidente nos nossos dias.
Não é à toa que por todos os lados vemos campanhas para minimizar a importância do matrimônio e para ridicularizar a dita “família tradicional” ao mesmo tempo em que tanto se prega a busca pela satisfação dos prazeres carnais e o envolvimento sexual descomprometido.
A mídia hoje já não mais esconde essa estratégia e, apelando para a vaidade humana, bombardeia nossas mentes com imagens e mensagens que vendem a plena liberdade sexual e a ausência de compromisso com o cônjuge como o caminho para a felicidade plena. Somos cada vez mais estimulados a dar vazão aos nossos instintos e impulsos, sem pensar nas consequências (muitas vezes trágicas) dos nossos atos.
Portanto, por mais que você não veja hoje tantas qualidades assim em seu marido, capazes de atrair o desejo e a cobiça de outras pessoas, esteja certa de que ele é sim uma presa que se não for devidamente cuidada será abatida. Assim, mantenha a vigilância constante!

2 – ENTENDENDO E REFORÇANDO OS PAPÉIS.
Outra questão que ao ser negligenciada tem dado azo à destruição dos casamentos é a da inversão ou desconsideração dos papéis exercidos por cada um dentro do lar.
E, aqui, eu clamo: mulheres, compreendam de uma vez por todas que o seu marido foi criado e programado para exercer o papel de cabeça do lar, onde deve representar liderança e autoridade.
Como eu disse anteriormente, estou falando exclusivamente para aquelas que acreditam na Bíblia e seguem a Jesus Cristo. Por esse motivo, nos debrucemos sobre a Palavra de Deus:

Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo.” (1 Coríntios 11:3)

Esta afirmação é digna de confiança: se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função.
É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar;
não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.
Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?
(...)
O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa.”(1 Timóteo 3:1-12)

Notem que há uma clara divisão de papéis dentro do lar, estabelecida na Palavra de Deus, abrangendo tanto a antiga quanto a nova aliança.
Ao não atentar para isso você, mulher, pode estar se colocando na posição de maior inimiga do próprio casamento. E, atualmente, como tem sido comum esse tipo de postura: mulheres que deliberadamente afrontam seus maridos, questionam sua liderança(até publicamente, expondo-o para outras pessoas) e retiram deles a autoridade que seria própria dentro de casa, não raramente levando os filhos a desrespeitarem o pai.
Esse homem moderno, que não consegue mais se localizar dentro da própria casa, que se vê desprestigiado e rebaixado e que não consegue mais olhar para si como um líder acaba se tornando uma presa fácil para os ataques do mundo. Qualquer elogio vindo de outra mulher, reforçando a autoestima que ele já tinha perdido dentro do casamento, abre o caminho para o adultério e, daí, para a separação ou divórcio.
Portanto, se você mulher quer que seu casamento prospere e resista aos ataques, reforce o papel de liderança de seu marido. Se coloque em posição de ser cuidada por ele, mostre a ele que você confia em suas decisões, demonstre admiração pelo seu empenho na tarefa de conduzir a família, elogie-o nessa condição perante seus familiares e amigos e deixe claro, por meio de suas atitudes, que você o respeita e o considera como figura de autoridade.
Se você não fizer isso, com certeza outra aparecerá para fazer em seu lugar.

3 – O SEXO COMO ELEMENTO DE UNIÃO ENTRE O CASAL.
Durante muito tempo, a estratégia inimiga nessa área foi a de apresentar o sexo como algo sujo, impuro, feito para o pecado. Aliás, essa estratégia chegava a apresentar o sexo como sendo o próprio fruto da árvore proibida, estando, portanto, vedado para consumo por Deus.
Essa visão errônea, totalmente distorcida da Bíblia, levou gerações e gerações ao engano, impedindo-as de olhar para essa ferramenta como ela realmente é: algo maravilhoso criado por Deus como elemento de união espiritual do casal.
É certo que nessa área homens e mulheres têm necessidades e pontos de vista muito diferentes. Entretanto, mesmo essa diversidade foi criada por Deus para que os dois pudessem se compreender e se completar, não para distanciá-los.
O desejo do homem tende a ser mais intenso, espontâneo e frequente, como algo inerente à sua natureza física. Já o da mulher precisa ser motivado, incentivado e nutrido como integrante de uma complexidade de necessidades psicológicas e espirituais.
Mas o que não se pode negar é que a união sexual é uma necessidade para os dois e que o homem tem uma carência, uma predileção, uma predisposição maior para o ato. Ser sexualmente desejado é algo de extrema importância no universo masculino.
Exatamente por isso é que talvez a maior área de ataque inimigo seja justamente essa com relação aos homens, aproveitando-se do descuido das esposas.
E aqui vemos dois erros muito frequentes: a mulher que simplesmente ignora a necessidade de seu esposo e a mulher que não se esforça para se tornar atraente para o marido (muito embora, em grande parte dos casos, se esforce para parecer bonita e atraente para outras pessoas).
Não estou aqui defendendo que a mulher deva servir como mero objeto para a satisfação sexual do esposo. Também não estou afirmando que a mulher deva se submeter às perversões sexuais do seu marido ou que ambos se entreguem a práticas sexuais que a própria Palavra de Deus considera impuras (inclusão de uma terceira pessoa, sexo com animais, sexo fora do casamento etc).
Pelo contrário. Estou defendendo que a mulher passe a ver o sexo puro como elemento essencial para a união do casal e para a satisfação de necessidades pessoais dos dois envolvidos, e que perceba que ao relegar esse assunto para segundo plano, tratando-o como superficial ou supérfluo, ela própria está dando armas ao inimigo para a destruição de seu matrimônio.

O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido.
A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher.
Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” (1 Coríntios 7:3-5)

O que estou sugerindo é que a mulher seduza o seu próprio marido, alimentando o desejo de um pelo outro, a fim de que essa necessidade seja suprida dentro do próprio casamento e não fora. Que a mulher se cuide para o próprio esposo, demonstrando assim que também o deseja.
E entendam: não há risco maior do que um marido sexualmente frustrado num mundo em que o sexo lhe é oferecido de forma tão constante, fácil e descomprometida.

4 – FAÇA DE SUA CASA UM LUGAR DE REFÚGIO.
O lar deve ser o lugar para onde queremos ir no final do dia, o lugar onde nos sentimos à vontade e protegidos da loucura do mundo atual.
Seu marido precisa desejar estar em casa, na companhia da esposa e dos filhos. Ele precisa querer fugir das batalhas travadas no dia a dia para um lar de paz, harmonia e amor.
Assim, faça-o se sentir amado dentro de casa. Faça-o se sentir importante dentro do lar. Cuide para que o ambiente que ele encontrar quando chegar do trabalho seja o mais harmonioso e calmo possível, um ambiente no qual ele possa se sentir seguro e aconchegado.
Não estou dizendo que os problemas do lar não devam ser compartilhados com ele, mas sim que esses problemas não podem ser a primeira coisa que seu marido encontra quando chega em casa.
Há muitos homens que evitam voltar para casa cedo, que ficam procurando mais trabalho ou se envolvendo em outros afazeres justamente para não ter de voltar para casa e encontrar logo de cara a mulher desesperada, emburrada, gritando e xingando. São homens que enxergam seus lares como representação de um inferno para o qual foram mandados e onde seus erros são constantemente apontados, onde sua culpa e sua incapacidade são jogadas na cara a todo momento.
Sejam sábias, mulheres!
Procurem encontrar o melhor momento e o melhor lugar para a discussão de algum problema. A roupa suja não deve ser lavada no portão, na sala de estar diante de todos, nem na mesa do jantar.
Procurem encontrar a melhor forma de falar, apresentar alguma queixa. Tudo pode ser dito ao seu cônjuge, mas há uma maneira certa de dizer que ao invés de trazer mais contenda e discórdia possibilitará que o problema seja solucionado de forma correta, eficaz e sem gerar traumas ou transtornos.

5 – GUIEM-SE PELO ESPÍRITO SANTO
O último conselho que gostaria de dar para aquelas mulheres cristãs que desejam salvar seu casamento – e, creio eu, o mais importante dos conselhos – é não acreditar que conseguirão fazer isso sozinhas ou simplesmente com a ajuda de familiares ou amigos.
A nossa caminhada cristã só é possível com a ajuda e constante presença do Espírito Santo. É Ele quem nos conduz, nos ensina. É Ele quem nos mostra no que estamos falhando e nos leva a corrigir nossos erros. Ele é o único com poder suficiente para criar e transformar.
No casamento isso não é diferente. O Espírito Santo precisa estar na condução dos trabalhos e, para isso, nós devemos abrir o espaço para que Ele aja. Afinal, Ele não força a porta de entrada.
Tentar fazer tudo sozinha só vai levá-la ao estresse e ao desespero, pois tudo é muito maior do que nossas forças conseguem enfrentar. Mas como o pequeno Davi conseguiu derrubar o gigante Golias, Deus pode usar aquilo que você possui em si para vencer também as batalhas que envolvem o seu casamento.
Portanto, ore. Ore bastante, diuturnamente, abrindo assim a porta para que o Espírito Santo entre dentro da sua casa. Não tente levantar da cama sem antes conversar com o seu Pai Eterno e clamar pela presença do Espírito Santo ao longo do seu dia.
E ao orar, se coloque à disposição Dele, aceitando e seguindo suas orientações.
Nos momentos de desespero, antes até mesmo de levar o problema ao seu marido, ajoelhe e deposite seu coração nas mãos do Pai. Dessa forma, o Espírito Santo poderá mostrar até mesmo a melhor forma de abordar o assunto com seu marido, o melhor momento.
Peça a Deus para que Ele mostre como tornar o lar um lugar de refúgio, como reforçar o papel de liderança que seu marido precisa ter, como fazer da união sexual algo mais frequente e prazeroso para o casal.
Afinal, servimos a um Deus vivo, que vê, escuta e também fala. Um Deus que não está inerte, assistindo o mundo desmoronar. Ele age!
E acredite, esse mesmo Deus quer ajudá-la em todas essas áreas para manter o seu casamento firme e seguro, pois a sua família é um projeto pessoal Dele.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

RECEBA O SEU PRIMEIRO MILAGRE



Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2: 18).
Ao fazer essa afirmação, Deus expunha a condição humana: nenhum homem pode ser feliz sozinho.
Ao fazer essa afirmação, Aquele que nos criou revelava para cada um de nós sua própria necessidade, como se dissesse: “você não vai se entender, não vai conseguir se realizar enquanto estiver sozinho”.
Então, logo em seguida ele proveu essa necessidade: “far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. E assim, o Senhor completava sua criação com a mulher. E assim, o Senhor demonstrava aos dois que a vida só teria sentido em família.
Os milênios que se passaram não foram capazes de alterar essa verdade e por mais afastados que estejamos de Deus há uma sensação de incompletude em nosso interior que nos leva a procurar nossa alma gêmea. Não conseguimos muitas vezes entender o porquê, mas somos levados desde cedo a procurar, em meio às tantas pessoas que conhecemos, aquela que seguirá a caminhada da vida ao nosso lado.
Nossos olhos percorrem as multidões com esse intuito. Planejamos isso. Sonhamos com isso. Até que encontramos... finalmente encontramos.
O vazio parece deixar de existir. Nossa busca terminou!
Da forma como entendemos certo ou conveniente nos apropriamos do objeto de nossa procura. Casamos ou simplesmente juntamos os trapos na esperança de que a felicidade será eterna.
Esse é o nosso impulso, o que demonstra que há algo em nosso DNA espiritual que nos recorda daquilo que o nosso Criador afirmou e fez logo no início.
Mas não sabemos muito bem como fazer com que dê certo. E por diversos motivos aquele projeto inicial acaba se desfazendo ao longo do tempo.
Nos magoamos. Nos machucamos. Chegamos ao ponto até de odiar a pessoa que um dia imaginamos ser a resposta para o enorme ponto de interrogação que existia em nosso peito. E dessa forma, o caminho começa a se bifurcar.
Os interesses já não são mais os mesmos. Os planos voltam a ser individuais. A casa parece ser pequena demais para as duas pessoas. Não há mais espaço.
Alguns simplesmente se vão, na tentativa de enterrar uma história de amor mal-sucedida ou substituí-la por outra. Outros permanecem se torturando, acreditando que a vida não lhes reserva nada de melhor que o sofrimento.
E a história poderia simplesmente terminar aqui. Afinal, é isso o que muitos decretam, convictos de que a união possível entre um homem e uma mulher tem curto prazo de validade.
Mas eu não vou concluí-la nesse ponto. Me recuso a pensar que o Criador estivesse brincando conosco quando incutiu em nossos corpos, almas e espíritos esse desejo de se completar através da união com outra pessoa do sexo oposto.
Na verdade, relendo o “manual do fabricante” entendo que o produto não foi usado da forma adequada e por isso apresentou problema. Mas também vejo que há uma “assistência técnica” apta a consertá-lo e a me ensinar como usá-lo corretamente, obtendo dele tudo aquilo que ele prometia.
Basta acionar, disposto a seguir todas as instruções do fabricante, que o produto me trará o resultado almejado.
Então, surge um homem, único, com todas as ferramentas necessárias para o conserto.
Você o chamou e Ele veio. Simplesmente atendeu ao seu chamado.
Com paciência e maestria, Ele vai mostrando como os conectores devem ser reunidos, como as ligações devem ser refeitas e como a máquina deve ser ligada e operada. E quando você menos espera, a coisa volta a funcionar e você passa a compreender o potencial desse produto chamado casamento. Entende que de fato você não pode viver sem ele, não pode viver sem a sua família.
Você só não sabia como fazer, mas agora está diante da única pessoa apta a ensiná-lo.
Não importa o estrago que já foi feito na máquina. Ele pode consertar.
Não importa quanto tempo ela está parada, encostada. Ele pode fazê-la funcionar de uma maneira muito melhor do que antes. E, acredite, você não encontrará satisfação maior em outro lugar.
Seu impulso inicial estava certo. Não é bom que você esteja só.
Havia um único lugar em que você poderia se encontrar. Um único lugar em que você se realizaria. Um único lugar em que você viveria plenamente tudo o que tem para viver. E esse lugar é a sua família, a família que Deus planejou para você, com todas as peculiaridades (ou imperfeições, como você imaginava) que ela tem.
Você só não sabia que Ele, na pessoa de Jesus Cristo, teria de ocupar a posição principal, de estar na direção do negócio, de ser o ponto de ligação entre todos os componentes para que esse organismo vivesse e produzisse os frutos desejados. Só Ele.
Mas agora você já sabe.
Basta chamá-Lo. Confie Nele.
Não deixe que os estragos já realizados o impeçam de usufruir desse maravilhoso e incomparável presente. Ele pode fazer tudo novo... e melhor!
Esse é o primeiro milagre que Ele quer fazer na sua vida.

E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.
Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.
E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.” (João 2:1-11)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

VOCÊ PODE VOLTAR PARA CASA!


Quem jamais errou?
Pode olhar ao seu redor. Todos já erraram! Isso não é privilégio seu, não é exclusividade sua.
As suas decisões não foram as melhores. Por sua causa alguém sofreu. Houve choro. Mas quem foi que disse que não é possível voltar?
Você continua tendo opções. Até o final dos seus dias, você terá escolhas a fazer. Então, isso signific que você ainda pode voltar para casa.
Está certo que o tempo passou. Muita estrada foi percorrida em sentido oposto e você já não é mais o mesmo. As pessoas não são mais as mesmas.
Pode ser que hoje você não tenha mais o mesmo vigor, o mesmo ânimo, a coragem de encarar os problemas e enfrentá-los como antes. Pode ser.
Pode ser que os corações feridos tenham endurecido, que haja resistência. Pode ser.
Mas isso não significa que tudo está perdido. Você ainda pode retornar.
O que passou não poderá ser desfeito, mas algo novo pode surgir no lugar. Talvez algo muito melhor.
A porta está aí, a poucos passos, e a chave nas suas mãos.
Enquanto você permanecer sentado em frente à porta ela não se abrirá. Enquanto você estiver caminhando em sentido contrário, a porta permanecerá fechada.
Só há um jeito: levante-se e corra para abri-la. Percorra o caminho de volta.
Não espere que as coisas se consertem por si sós. Não espere que você se transforme em outra pessoa. É bem provável que isso nunca aconteça e lhe falte tempo para voltar quando você se der conta disso.
Levante-se do jeito em que está hoje. Não importa como está vestido. Não importa se está limpo ou está sujo. Não importa o quanto dói tentar se manter em pé. Apenas levante-se e volte.
Você já sofreu o suficiente. Todos já sofreram demais com tudo isso e continuar insistindo no erro não lhe trará qualquer consolo ou satisfação. Isso só aumentará a distância a ser percorrida para o retorno.
Você errou, mas a culpa e o remorso não modificarão as coisas. Punir-se não fará com que o erro se apague nem lhe trará paz. As noites permanecerão mal dormidas.
Já é o bastante reconhecer o erro e decidir voltar. Ainda que seja difícil a caminhada de volta, ainda que os fantasmas do seu erro procurem lhe assombrar, deixe o orgulho para trás e faça o caminho de volta. Não tenha medo de pedir perdão, pois somente ao recebê-lo esse peso sairá das suas costas.
E você sabe que precisa disso. Não dá para continuar andando com tantas coisas sobre os seus ombros.
Você ainda pode voltar para casa. Então corra para aproveitar o tempo que lhe resta!

Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.” (Lucas 15:22-24)

SUAS LÁGRIMAS, ANA.



Está tudo bem, Ana?
Não. Eu sei que não está.
Você andou chorando... escondida, à noite, quando todos estavam deitados, quando os outros já não tinham mais condições de notar o seu choro.
Você reviu sua vida e sentiu novamente o vazio.
Você chorou, Ana.
Talvez nem lágrimas tenham descido dos seus olhos. Talvez um choro seco, engolido.
Talvez sua boca não tenha sido sequer capaz de trazer aos ouvidos desatentos o som da sua angústia. Um choro por dentro, amargo, amarrado.
Aos olhos alheios pode parecer que tudo vai bem. Afinal, você se esforça muitas vezes para sorrir e todos vêem o seu sorriso. O que ninguém vê é o seu pranto de dor.
E dói. Eu sei que dói. E já faz tempo que dói.
Você fez tudo o que podia, não é mesmo? Você tentou. Usou de todas as forças para reverter essa situação, para desfazer esse quadro... mas a pintura feia continua exposta na tela que só você consegue ver.
Então, você pensou: - Como olharei para frente? Como seguirei adiante? Já não há mais tanto tempo pra mim.
O silêncio ao seu redor intensificava sua dor, não é Ana? E o seu peito parecia não ter como conter tanta decepção e sofrimento.
Você se entregou, Ana. Você finalmente se entregou...
Mas, sabe de algo? Talvez essa entrega era o que faltava. Talvez o fato de você não ter mais forças para lutar por si mesma, para enfrentar a batalha de dentro da fortaleza que você criou, era o que estava faltando.
Deixar que esse choro pudesse ser finalmente sentido, como um pedido de ajuda, e se desarmar completamente... talvez fosse isso.
Ei, minha querida, suas lágrimas foram colhidas e contadas, uma a uma. Você não foi esquecida.
Você pode pensar que seu choro não foi ouvido, já que ninguém estava por perto. Você pode acreditar que seu desabafo tenha se perdido no ar, como aquele suspiro que deu.
Mas não. Você foi ouvida.
Pode mudar seu semblante, sorrir novamente. Pode lavar o rosto e comemorar, pois o Senhor, teu Deus, se agradou de você.
Pode voltar à sua casa, ao seu lar, pois será lá que a sua vida verdadeiramente se iniciará daqui por diante. Vá em paz!

Assim, a mulher se foi seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste.” (1 Samuel 1:18)

sábado, 19 de julho de 2014

CONSTATAÇÃO


Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.” (Salmo 19:1-3)

Basta olhar ao redor com atenção. Todas as coisas que existem declaram a glória de Deus, seu Criador.
Desde a mais tenra flor à complexidade da física quântica. De um organismo invisível como o vírus à complexa máquina que é o corpo humano. Da luz do sol que alimenta toda plantação. Da semente seca e aparentemente sem vida que na escuridão do solo, como num passe de mágica, cria raízes, brota e vence a terra que a encobre para se transformar em uma imensa árvore e dar outros frutos da mesma natureza, se multiplicando. Do espantoso e necessário ciclo da água... ABSOLUTAMENTE TUDO atesta não só a existência de Deus mas sua magnitude. Basta parar um pouco e pensar.
Nosso universo é regido por leis imutáveis. Os planetas não colidem. Um ser, contem em si, numa minúscula partícula, toda a informação necessária para gerar outro ser da mesma espécie (e não consegue gerar de si nada que seja de outra espécie).
Vejam quanta diversidade de vida! Formatos, cores, funções tão diferentes e tão necessárias umas para as outras.
E o que falar do corpo humano? Cérebro. Mente. Alma.
Acreditar que tudo isso seria obra do acaso é fechar os olhos para a realidade. Acreditar que a poeira cósmica, por si só, se agruparia em tão diferentes formatos e produziria vida num sistema tão complexo e harmônico é dar as costas para a inteligência de que fomos dotados.
O poder de Deus, Sua mente criativa, Seu caráter firme e imutável são testemunhados pelo sol, pelo sistema solar, pelos átomos, pelas flores, pelos pássaros... E isso qualquer homem, em qualquer lugar do mundo e em qualquer cultura é capaz de compreender pelos seus sentidos. Não há desculpas!
Mas o amor de Deus é testemunhado em nós, que fomos criados para usufruir e cuidar de toda essa magnífica obra. Que recebemos em mãos o domínio sobre toda a criação. E que a cada novo dia que nasce ganhamos uma nova oportunidade de ajeitar as coisas e de viver as bênçãos preparadas por Deus para as nossas vidas.
Que Deus nos permita enxergar tudo isso.
Que Deus retire as vendas que colocamos sobre os nossos olhos para que possamos ver com clareza o que realmente é colocado à nossa disposição.
Que Deus nos permita olhar para o sorriso inocente de uma criança e perceber ali uma pequena parte da Sua Glória!


quinta-feira, 17 de julho de 2014

DESABAFO



O ar hoje parece estar mais pesado que o normal. Está difícil respirar!
Tentei andar pela rua e vi pessoas apreensivas e sem esperanças. Ouvi notícias tristes... muito tristes. Senti o medo ocupando espaços.
Há muito medo, traumas e decepções pelas ruas.
Definitivamente, estamos no rumo errado.
A felicidade que a TV insiste em tentar vender é uma ilusão sem tamanho. Na verdade, em lugar de felicidade estamos adquirindo ansiedade e desespero. E já não sabemos quem ou o que somos.
A cada dia que passa criam uma necessidade nova para nos atormentar e a cada dia que passa eu sinto o relógio seguindo o seu curso normal e nos deixando com menos tempo para desarmar a bomba. De alguma forma, todos sentem.
Alguns já desistiram...
Muitos foram esvaziados e perambulam pelas ruas como zumbis, mortos-vivos já sem alma, que consomem, se consomem e somem...
Tudo é permitido, mas, curiosamente, não é permitido viver. Não é permitido viver de verdade.
O ar parece mesmo mais pesado.
Talvez porque estejamos transbordando em maldade. Somos maus, naturalmente maus... e nossa maldade está nos impedindo de respirar.
Mas havia um caminho de volta. Sempre houve... ainda há: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19).
Arrependei-vos”. Nunca um clamor soou tão necessário e urgente quanto agora.
Mas como se arrepender quando já se decidiu acreditar que tudo é permitido, que todas as coisas são válidas e que nós mesmos somos nossos senhores? Como nos arrepender quando nos elegemos deuses e quando colocamos nossos desejos como valores absolutos?
Não há do que se arrepender, não é mesmo!? Estamos nos destruindo por dentro e por fora, nos matamos, roubamos, usamos as pessoas... mas não há do que se arrepender.
. . .

Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mateus 19:25-26).
. . .

O ar continua pesado.
- Pai, tem misericórdia de nós!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

DA RELIGIÃO QUE APRISIONA AO CRISTO QUE LIBERTA.

DA RELIGIÃO QUE APRISIONA AO CRISTO QUE LIBERTA.
Uma longa, difícil e inevitável jornada.


O Verbo de Deus se fez homem e desceu para habitar no mundo que Ele mesmo criou. A um mundo envolto nas densas névoas da maldade, em que cegos conduziam cegos rumo ao abismo, quis Ele vir para ser luz e dar vida àqueles que nEle verdadeiramente cressem.
Uma história de amor puro, algo incompreensível para as nossas mentes limitadas e nossos corações duros. A última tentativa de mostrar aquilo que desde a criação era evidente: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:3-4).
Ali estava todo o mistério da criação, estavam todas as respostas que a humanidade sempre buscou. Ali estava a paz que a nossa alma tanto procura. Ali estava Deus!
Mas poucos entenderam. Poucos compreenderam a magnitude daquele evento. Poucos aproveitaram essa única e derradeira oportunidade.
Estavam mais ocupados com normas e rituais, cujo significado há muito tinham esquecido. Estavam mais ocupados com suas próprias distinções sociais e com sua estrutura de mundo. Estavam mais preocupados com o que comiam e com quantas vezes lavavam as mãos.
Guardavam dias sem entender a razão. Faziam festas sem convidar o homenageado. Louvavam a Deus com os lábios, mas não com o coração (Isaías 19:13).
E assim, na cegueira dos conceitos meramente humanos, muitos não O viram enquanto Ele passava ao lado. Muitos perderam a luz.
Outros perceberam de Quem se tratava. Mas a realidade era tão aterrorizante que acharam melhor extinguir a luz – como se isso fosse de alguma forma possível. Afinal, àqueles que se valiam de um sistema religioso rígido para satisfazer suas próprias ambições de vaidade, era mais fácil dar um jeito para que as coisas continuassem como sempre estiveram.
Mas Ele veio e aos que O receberam em seus corações proporcionou algo impossível de se obter por esforços humanos: a verdadeira libertação.
Uma liberdade real, idealizada por Ele para todo homem quando tudo o que existe ainda era um mero projeto em Sua mente.
Uma liberdade que foi perdida no momento em que acreditamos que poderíamos ser deuses e que teríamos condições de transitar entre o bem e o mal sem nos corrompermos.
Uma liberdade que deixamos para trás quando tivemos presunção de andar sem que o Senhor nos guiasse.
Assim, Ele trouxe alívio a uma prostituta, libertou uma mulher adúltera, tocou e purificou aqueles considerados impuros, salvou um cobrador de impostos corrupto, restaurou vidas destruídas pelo demônio e recebeu a cruz destinada a um homicida... coisas que a religião dos homens jamais seria capaz de entender.
Assim, Ele libertou vidas das garras e da escravidão do pecado e lhes restaurou o direito de viver... coisas que a religião dos homens jamais seria capaz de fazer.
Nele, conseguimos nos ver como crianças pequenas, incapazes de discernir o bem do mal. Como crianças que dependem do olhar atento do Pai para que não se metam em confusão. Como crianças que se sentem seguras para atravessar a rua quando o Pai nos estende a mão e nos leva até o outro lado. Como crianças que ao final de um dia cansativo encontra descanso, conforto e confiança apenas no colo do Pai.
Nele, entendemos o quanto o pecado nos maltrata e percebemos que, como crianças, somos propensos a fazer aquilo que nos prejudica. Aprendemos a confiar que a vontade de Deus, na maioria das vezes não compreendida por nossa mente em estágio inicial de desenvolvimento, é sempre o que há de melhor para as nossas vidas, ainda que isso nos pareça difícil e contrarie os nossos impulsos e instintos primários... ainda que isso não pareça tão prazeroso quanto tudo aquilo que o nosso corpo pede para fazermos.
Em Cristo, percebemos que não há diferenças entre as pessoas - todos somos pecadores e igualmente carecemos Dele e do Seu sacrifício para recebermos vida (Romanos 3: 21-26). Percebemos que esta vida não está numa placa de igreja específica, não está na guarda de dias específicos (Romanos 14:5 e Gálatas 4: 10), não está no tipo de alimento que se come ou se deixa de comer (Romanos 14:2), não está em nenhuma obra que o homem possa fazer para tentar se salvar (Hebreus 9: 9-10), mas está exclusivamente na completa entrega e submissão a Cristo, para o nascimento da nova criatura e a renovação da mente (Efésios 4: 23-24).

Cristo, somente Cristo, é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14: 6). Somente Ele nos liberta do pecado, nos dá alívio, nos prepara lugar no reino de Deus e nos leva até lá (João 14: 2-3). Somente Ele... coisas que a religião dos homens jamais será capaz de fazer.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Como está a sua sala de troféus?


Francisco Milton.

Essa pergunta parece encher de orgulho o brasileiro … a sala de troféus, no país do futebol, é algo magnífico, repleta de premiações e histórias de conquistas memoráveis, bastando lembrar de alguns dingos musicais como “a taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa” (refere-se à primeira conquista de 1958) ou mesmo “noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração” (canção de comemoração do tri campeonato de 1970).
Hoje somos quase “duzentos milhões em ação” contagiados com a Copa do Mundo que acontece nos gramados brasileiros.
Ouvir o hino nacional nos estádios ou o grito da torcida “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” é contagiante e todos, da criança ao adulto, estão juntos numa só torcida pela nossa seleção.
Quando criança, talvez no maior dos delírios, sonhei em ser jogador de futebol e, com a pureza própria da tenra idade, imaginava correr pelos gramados e marcar o gol da vitória de nossa seleção, mas logo cedo também facilmente percebi que a bola, minha pretensa amiga, não queria muita intimidade comigo … literalmente a bola, naturalmente redonda, nos meus pés parecia quadrada … não, não futebol não era a minha praia … tentei outros esportes, forcei uma amizade com a bola … tentei basquete, vólei, tênis … a bola mudou de cor e tamanho, mas eu e a bola não tínhamos aquela “química” facilmente percebida quando, por exemplo, o Neymar está com a sua fiel companheira, a bola.
Sem a admirada bola, a natação foi esporte que me acolheu.
A natação é esporte espetacular, pois, além das vantagens fisiológicas de trabalhar todas os músculos do corpo, o contato com a água, o mergulho e a flutuação me faziam, como um grande bebê, lembrar do ventre da minha mãezinha.
Nas competições escolares, ainda que não fosse um dos melhores, normalmente conseguia ganhar uma medalha … era um momento ímpar, o pódio, a premiação e a satisfação de vencer. Essa sensação eu revivi há alguns anos atrás quando voltei a nadar e o treinador convocou para a competição estadual de natação máster.
Duas medalhas conquistadas coletivamente, em provas por equipe, e lá estava eu novamente com as minhas humildes, mas significativas medalhas.
O momento passou, as medalhas, importantes no momento da conquista, estão agora empoeiradas no pescoço de uma das bonecas da minha filha … os troféus da seleção pentacampeão mundial de futebol que, outrora desfilaram pelas capitais do país, hoje estão guardados em exuberantes e esquecidas salas de troféus, demonstrando como é efêmera e fugaz a satisfação pela conquista do prêmio que “a traça e o ferrugem corrói e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6, v. 19).
A Bíblia também registra a competição dos estádios e a busca pelo prêmio, ou “não sabeis vós que os que correm no estádio, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstenha; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1 Coríntios 9, v. 24/25).
A competição entre os atletas terá um único vencedor, por isso, a Copa do Mundo iniciou com 32 (trinta e duas) seleções, porém apenas uma seleção receberá o troféu e será reconhecida como campeã.
A busca pela vitória dessas seleções envolve treinamento, concentração e foco na vitória, sendo a luta acirrada pelo troféu que, em breve, ficará num lindo e esquecido pedestal na sede de uma das seleções.
A tensão é enorme, os nervos estão a flor da pele, as famílias são separadas em prol da conquista, numa espécie de quarentena, cada detalhe é milimetricamente traçado em busca do prêmio que apenas uma seleção irá receber.
Traçando uma comparação com a caminhada de Jesus por essa terra, podemos fazer uma analogia com a preparação e a conquista da competição, embora com prêmios bem diferentes.
Jesus, mesmo sendo Deus, registra a Bíblia “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2, v. 6/8).
Jesus, durante toda a sua caminhada na terra, esvaziou-se de si mesmo, por amor a mim e a você, tornando-se um servo com o foco na vitória da vida sobre a morte e, como cordeiro perfeito e sem mácula, foi açoitado, humilhado, escarnecido, recebeu a coroa de espinhos e no madeiro, tendo a sua carne perfurada por cravos, Jesus, contemplando a eternidade, derramou o seu sangue para nos limpar de todo o pecado e nos entregar a coroa incorruptível da vida eterna.
Cabe a mim e a você, seguindo a Cristo, “revestimo-nos de misericórdia, de bondade, de humildade, mansidão e de paciência” (Colossenses 3, v. 12), olhar para Jesus, “o autor e consumador da fé” (Hebreus 12, v. 2).
A vitória de Cristo não se limita a um único atleta, a um único time ou a uma única seleção, mas a todos que, como Paulo, entregou a sua vida a Jesus Cristo, conservando a sua fé, com perseveração, amor e humildade até o fim dos seus dias “e agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda” (2 Timóteo 4, v. 8).
Você que está cansado dos prêmios efémeros que trazem apenas alegria momentânea e anseia por um sentido na sua vida, saiba que Jesus, nesse momento, pode trazer descanso para sua alma e dar um novo sentido à sua vida, basta hoje você crer no seu coração e confessar com os seus lábios que Jesus Cristo, ao morrer na cruz do calvário, remiu você de todos os seus pecados.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende” (Lucas 15, v. 7).
Que Deus nos abençoe e nos sustente até o dia da grande festa da premiação celestial!!!
Grande abraço,
Francisco Milton. 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

UM TRAPACEIRO NO VALE (ainda sobre “O Espelho e Graça)


Aquela seria a noite que mudaria toda a sua vida e de alguma forma ele pressentia isso.
Por conta de um sonho de vida, muita coisa já havia sido feita. Alguns acertos, alguns erros.
Lá atrás, quando tudo começou, havia a promessa e a expectativa de que ele chegaria longe. “Esse menino está destinado ao sucesso” era o que sua mãe havia ouvido e lhe transmitira, de modo que o caminho para as grandes conquistas já povoavam sua imaginação desde muito novo.
Assim, em sua mente ele tentava imaginar como mudar as coisas, como reverter situações adversas, como executar aquilo para o que entendia estar fadado. E dessa forma, absorveu a ideia de que deveria aproveitar todas as oportunidades e, quando essas não aparecessem, deveria ele próprio criá-las.
E desse jeito foi. Na primeira oportunidade que vislumbrou de tomar o posto de alguém (no caso, esse alguém era seu irmão mais velho), usou dos artifícios escusos que possuía para marcar sua posição de superioridade.
Mais tarde, com o auxílio da própria mãe, ludibriou seu pai, obtendo dele algo que entendia ser seu de direito.
Mas isso tudo teve um custo. Suas ações repentinas e impensadas geraram a fúria de seu irmão e o fizeram fugir, deixar toda sua história naquele local para preservar a própria vida.
Isso lhe vinha à mente naquela noite, anos e anos depois.
A imagem da fuga, os negócios celebrados no meio do caminho e as tentativas de obter sucesso a qualquer custo.
E de fato houve algum avanço. De alguma forma inexplicável, o pior não tinha acontecido ao longo dessa jornada. Pelo contrário, de alguma forma inexplicável as coisas até que pareciam ter dado certo. Algo parecia colocar as coisas no rumo sempre que ele parecia ter perdido tudo.
Uma família havia sido construída, embora não da forma planejada ou desejada. Os negócios prosperaram, apesar de todos os reveses experimentados e de todas as investidas sofridas (a maioria de seu próprio sogro). Havia bens, muitos bens. E havia muitos empregados.
Mas também havia toda uma vida deixada para trás, no momento da fuga, e a sensação de que toda aquela conquista não serviria para nada se ele não estivesse no lugar certo, se ele não pudesse voltar para a casa do pai.
Assim, ele pegou suas coisas, juntou sua família e decidiu voltar, percorrendo o longo caminho do retorno.
A caminhada deve ter sido dura. Não tanto pela distância. Deve ter sido dura pela carga carregada.
Sobre suas costas não estavam apenas os bens e as pessoas que transportava. Estavam todos os erros cometidos ao longo do caminho, que, a essa altura, se acumulavam a cada passo dado. Estavam as tentativas de trapacear, de lucrar a qualquer custo, de obter sua satisfação pessoal ou seu prazer acima de qualquer coisa.
O peso aumentava e naquela noite era necessário se desfazer desse fardo. Ele sabia disso. Sabia que a caminhada de volta não seria possível com tanto peso nas costas. Sabia que somente ele poderia fazer algo para reduzir toda essa carga.
Por isso, fez com que sua família passasse adiante e decidiu permanecer sozinho no vale por toda aquela noite. Decidiu enfrentar ali, de uma vez por todas, aquilo que o atormentava tanto. Decidiu olhar para o espelho e permitir que a luz trouxesse à tona tudo o que ele realmente era, mas teimava em esconder. Decidiu estar na presença de Deus.
E naquele exato momento em que o trapaceiro decidiu enxergar o que era e enfrentar sua condição miserável, Deus se fez presente.
No início desse confronto houve muita resistência. Houve luta, embate físico e dor. Uma briga que parecia interminável entre um homem e Deus.
Deus poderia tê-lo exterminado a qualquer momento, assim como poderia ter impedido que toda aquela caminhada torta de vida tivesse chegado até ali. Mas essa não era a Sua vontade. Não era Sua vontade terminar com a vida ignóbil daquele pequeno ser.
Então, Deus permitiu que aquele homem lutasse, esgotasse suas forças tentando fazer de si um vencedor até que terminasse por entender, com toda essa luta, a dimensão da sua imperfeição e da sua fragilidade.
Quando isso ocorreu, aquele trapaceiro enxergou a verdade que mudaria toda a sua vida: não se tratava dele, de seus valores, de seus esforços. Tratava-se do amor e da graça de Deus por Ele. Tudo girava em torno desse amor e dessa graça.
Ele era apenas um trapaceiro. Um homem com caráter defeituoso, que havia enganado seu próprio irmão e seu próprio pai. Que havia tentado de todas as formas ser algo por conta própria e percebeu que as coisas simplesmente não estavam sob o seu controle. Ele era apenas mais um ser desprezível, incompreensivelmente amado por um Deus único e pleno em poder, santidade e glória.
Encarar essa imagem no espelho foi difícil e ele relutou por uma noite inteira. Mas enxergar a graça o fez desejá-la mais do que à sua própria vida. E aquele homem deixou de querer lutar com Deus e decidiu agarrá-Lo. Decidiu abraçar a graça com todas as suas forças e não deixá-la perdida. Decidiu se render a Deus e se colocar sob os Seus desígnios infalíveis.
Naquele momento, Jacó, o trapaceiro, ganhou um novo nome: Israel. E Israel, o príncipe que prevaleceu após ter lutado com Deus, pôde retornar à casa do pai e ver como Deus (não mais as forças do próprio Jacó) o levaria a ser o grande patriarca para o qual estava destinado desde seu nascimento.
Israel não se tornou perfeito. A história nos mostra que sua natureza defeituosa ainda iria lhe colocar em situações difíceis até o final de sua vida.
Mas o fato de Israel deixar de lutar com Deus e se permitir ser guiado pela graça o levou a perceber, no final dos seus dias, que Deus havia realizado em sua vida tudo aquilo que havia sido prometido no início. A missão estava cumprida (não por ele, mas pela graça que o acompanhava) e ele poderia descansar tranquilamente ao lado do Pai.
Eu, você e Jacó, o trapaceiro. Se prestarmos atenção veremos que há uma esperança, única, nos aguardando no vale.
Então, por que lutar tanto?
(Gênesis 26-50)

domingo, 8 de junho de 2014

O ESPELHO E A GRAÇA



Um homem feio... terrivelmente feio!
Uma aparência assustadora, tenebrosa.
Eis o que eu vi. E o que eu vi não foi nada agradável.
Enquanto eu apenas questionava as mazelas do mundo, as injustiças, os terremotos, as doenças e os crimes hediondos, a imagem que eu tinha de mim mesmo era boa, aprazível. Um certo sentimento de justiça, uma sensação de superioridade com relação a um monte de pessoas com sérias deturpações de caráter realmente me faziam ver uma bela imagem de mim mesmo durante tantos questionamentos.
Mas eu resolvi colocar Deus no negócio e no meio de tantas perguntas, no alto do meu trono de julgador, Ele simplesmente me deu um espelho e acendeu a luz.
É óbvio que não se tratava de um espelho qualquer. Por meio dele era possível ver por dentro, enquanto a luz trazia à vista coisas que estiveram ocultas por muito tempo.
Revelavam-se assim pensamentos e sentimentos, muitos dos quais transformados em palavras e gestos. Revelavam-se motivações ocultas, escusas. Havia orgulho, inveja, cobiça, luxúria, manipulação, dissimulação, ira, rancor, culpa, murmuração, arrogância... e quer saber? Toda essa imagem me aterrorizava. Aquele era eu, desnudado.
As minhas tentativas de encobrir essa realidade eram vãs.
Dia após dia uma maquiagem de autocontrole usada para tentar disfarçar aquela imagem horripilante. O moralismo e o legalismo associados a terno, gravata, perfume e um discurso decorado... tudo em vão.
No final, ao olhar para o espelho, a velha imagem denunciava a ineficácia dos meus esforços. Naquele espelho, a maquiagem não produzia o efeito desejado. O homem feio continuava ali... e continuava feio.
O que fazer diante disso?
Poderia simplesmente quebrar esse espelho e jogá-lo fora, trocando-o por outro que me mostrasse uma imagem compatível com todos os meus esforços. Aliás, foi isso o que fizeram há cerca de 2000 anos quando o mesmo espelho apareceu confrontando as pessoas consigo mesmas... decidiram quebrar o espelho para seguir, cada um, com a sua autoimagem. Em suma, poderia dispensar a presença de Deus nessa conversa e seguir adiante, de certa forma em paz comigo mesmo.
Esse talvez fosse o caminho mais fácil. Há tantos espelhos por aí que podem ser colocados no mesmo lugar sem causar tantos desconfortos. Espelhos que me mostrariam a possibilidade de construir e manter uma imagem melhor ao longo dos anos. Espelhos que mostrariam o rosto maquiado através dos meus próprios esforços como se aquele fosse o meu rosto natural. Espelhos que dispensariam o sacrifício da cruz e dariam valor às minhas iniciativas particulares.
Mas também poderia aceitar que a imagem refletida no espelho era realmente a minha e é assim que eu me revelo na presença de um Deus que é santo, puro. Aceitar que não há nada que eu possa fazer para mudar essa realidade, pois continuarei tendo pensamentos, sentimentos e ações que revelam a realidade da minha natureza até o fim dos meus dias.
Duas opções apenas... nenhuma outra.
Nesse contexto, reconhecer o que sou, quando a luz traz à mostra tudo quanto oculto em mim ao longo do dia, poderia parecer a opção mais irracional e dolorosa das apresentadas. Mas há algo que não se pode desprezar: essa é a única opção permite enxergar e aceitar a graça de Deus, achegando-se a Ele.
Apesar daquela imagem horrenda revelada pelo espelho Deus quer se aproximar.
Apesar da natureza deturpada, dos pensamentos indignos e dos sentimentos egoístas que nos acompanharão até o fim dos nossos dias, Deus quer estender a nós o seu incomparável amor e nos permitir andar em Sua companhia.
Apesar do que somos Deus quer colocar Seu Santo Espírito à nossa disposição, para habitar em nós e nos levar a um lugar mais alto, aonde aquele homem horrível visto no espelho jamais poderia chegar com suas próprias pernas.
Aceite a graça. Entregue-se a ela. Coloque nas mãos do Senhor todos os seus pensamentos, sentimentos, ações e deixe que Ele conduza os seus passos.
Não tente resistir e nem tente controlar. Não diga a Deus que você sabe como ou o que fazer, jogando fora o espelho, nem tente se iludir pensando ser capaz de modificar aquela imagem assustadora de alguma forma.
Se o espelho aparecer na sua frente, não o ignore nem o destrua. Mais do que mostrar uma imagem feia e desagradável esse espelho serve para revelar o amor de Deus e o quanto Ele anseia pela sua companhia. Deixe-O fazer, portanto, aquilo que só Ele pode fazer por você!