Carta
aberta às mulheres cristãs.
LUTE
PELO SEU CASAMENTO!
Estou escrevendo esta carta a um destinatário
específico: mulheres cristãs.
Por isso, se você não se considera cristã ou não
acredita nos valores e princípios bíblicos (afinal, é um direito
que você tem e eu respeito isso plenamente), peço que nem leia o
restante deste texto para evitar qualquer dissabor. Não quero
afrontar os seus conceitos nem atacar as suas crenças, ok?
Feita essa ressalva, presumo que você, por ainda estar
lendo esta carta, se considere cristã e compartilhe comigo a visão
de que a Palavra de Deus é a verdade com base na qual devemos nos
portar. E é com base nessa mesma verdade que eu quero dividir com
você algo que tem me tirado o sono: casamentos desfeitos.
A quantidade de relacionamentos desfeitos com que tenho
me deparado ultimamente me assusta. Casais que aparentemente se davam
bem de uma hora para outra se separam, desistindo de uma vida
conjunta de anos e de tudo o que construíram durante esse tempo.
Sonhos de uma vida em conjunto, filhos, bens... tudo
isso de repente passa a não ter mais o mesmo valor, a mesma
importância, e quando nos damos conta um dos cônjuges joga tudo
para o alto e parte pra outra, deixando para trás um rastro de
mágoas e decepções, traumas e feridas que muitas vezes jamais se
deixam cicatrizar.
Na maioria dos casos, o que percebo é que a iniciativa
de abandonar o barco é do homem e isso leva à falsa ideia de que o
homem seria o vilão da história, o único culpado pelo sofrimento
de toda a família que se desfaz.
Mas, na verdade, uma análise mais apurada e imparcial
me leva a concluir que nessa história quase sempre a culpa é dos
dois: o barco já estava furado há muito tempo e a água foi tomando
conta sem que ninguém se preocupasse mesmo em tapar os buracos.
Por isso, e também por reconhecer a maior sensibilidade
das mulheres para as situações críticas (o homem normalmente
demora para perceber que o sinal de alerta já está ligado), quero
me dirigir a elas, apelando para que lutem pelo seu casamento e não
permitam que qualquer coisa destrua aquilo que Deus planejou e
colocou em suas mãos. E desejo fazer isso expondo alguns dos furos
que normalmente aparecem nesse barco contra os quais vocês, mulheres
cristãs, podem e devem se precaver.
Vamos lá?
1 – ESTAMOS EM GUERRA!
Se há uma constatação da qual não podemos escapar é
essa: estamos no meio de uma intensa batalha.
Não ignore isso jamais. Seu casamento é alvo de
ataques e estratégias de destruição muito bem elaboradas, que
exploram exatamente os pontos fracos da relação para miná-la.
Por isso, toda atenção é necessária.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;
o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
(Mateus 26:41)
Muitas mulheres desprezam essa advertência e ao se
casarem acreditam que tudo já está garantido e que não necessitam
mais lutar pela atenção e cuidados de seu marido. Com isso, se
descuidam e não percebem que é justamente agora que a sua cautela
precisa ser redobrada, pois seu projeto de família, ao se
concretizar, atrai ainda mais a fúria de um exército inimigo
disposto exclusivamente a “matar, roubar e destruir” (João
10:10).
E isso se torna cada vez mais evidente nos nossos dias.
Não é à toa que por todos os lados vemos campanhas
para minimizar a importância do matrimônio e para ridicularizar a
dita “família tradicional” ao mesmo tempo em que tanto se prega
a busca pela satisfação dos prazeres carnais e o envolvimento
sexual descomprometido.
A mídia hoje já não mais esconde essa estratégia e,
apelando para a vaidade humana, bombardeia nossas mentes com imagens
e mensagens que vendem a plena liberdade sexual e a ausência de
compromisso com o cônjuge como o caminho para a felicidade plena.
Somos cada vez mais estimulados a dar vazão aos nossos instintos e
impulsos, sem pensar nas consequências (muitas vezes trágicas) dos
nossos atos.
Portanto, por mais que você não veja hoje tantas
qualidades assim em seu marido, capazes de atrair o desejo e a cobiça
de outras pessoas, esteja certa de que ele é sim uma presa que se
não for devidamente cuidada será abatida. Assim, mantenha a
vigilância constante!
2 – ENTENDENDO E REFORÇANDO OS PAPÉIS.
Outra questão que ao ser negligenciada tem dado azo à
destruição dos casamentos é a da inversão ou desconsideração
dos papéis exercidos por cada um dentro do lar.
E, aqui, eu clamo: mulheres, compreendam de uma vez por
todas que o seu marido foi criado e programado para exercer o papel
de cabeça do lar, onde deve representar liderança e autoridade.
Como eu disse anteriormente, estou falando
exclusivamente para aquelas que acreditam na Bíblia e seguem a Jesus
Cristo. Por esse motivo, nos debrucemos sobre a Palavra de Deus:
“Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça
de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de
Cristo.” (1 Coríntios 11:3)
“Esta afirmação é digna de confiança: se alguém
deseja ser bispo, deseja uma nobre função.
É necessário, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente,
respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar;
não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim
amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.
Ele deve governar bem sua própria família, tendo os
filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade.
Pois, se alguém não sabe governar sua própria
família, como poderá cuidar da igreja de Deus?
(...)
O diácono deve ser marido de uma só mulher e
governar bem seus filhos e sua própria casa.”(1 Timóteo 3:1-12)
Notem que há uma clara divisão de papéis dentro do
lar, estabelecida na Palavra de Deus, abrangendo tanto a antiga
quanto a nova aliança.
Ao não atentar para isso você, mulher, pode estar se
colocando na posição de maior inimiga do próprio casamento. E,
atualmente, como tem sido comum esse tipo de postura: mulheres que
deliberadamente afrontam seus maridos, questionam sua liderança(até
publicamente, expondo-o para outras pessoas) e retiram deles a
autoridade que seria própria dentro de casa, não raramente levando
os filhos a desrespeitarem o pai.
Esse homem moderno, que não consegue mais se localizar
dentro da própria casa, que se vê desprestigiado e rebaixado e que
não consegue mais olhar para si como um líder acaba se tornando uma
presa fácil para os ataques do mundo. Qualquer elogio vindo de outra
mulher, reforçando a autoestima que ele já tinha perdido dentro do
casamento, abre o caminho para o adultério e, daí, para a separação
ou divórcio.
Portanto, se você mulher quer que seu casamento
prospere e resista aos ataques, reforce o papel de liderança de seu
marido. Se coloque em posição de ser cuidada por ele, mostre a ele
que você confia em suas decisões, demonstre admiração pelo seu
empenho na tarefa de conduzir a família, elogie-o nessa condição
perante seus familiares e amigos e deixe claro, por meio de suas
atitudes, que você o respeita e o considera como figura de
autoridade.
Se você não fizer isso, com certeza outra aparecerá
para fazer em seu lugar.
3 – O SEXO COMO ELEMENTO DE UNIÃO ENTRE O CASAL.
Durante muito tempo, a estratégia inimiga nessa área
foi a de apresentar o sexo como algo sujo, impuro, feito para o
pecado. Aliás, essa estratégia chegava a apresentar o sexo como
sendo o próprio fruto da árvore proibida, estando, portanto, vedado
para consumo por Deus.
Essa visão errônea, totalmente distorcida da Bíblia,
levou gerações e gerações ao engano, impedindo-as de olhar para
essa ferramenta como ela realmente é: algo maravilhoso criado por
Deus como elemento de união espiritual do casal.
É certo que nessa área homens e mulheres têm
necessidades e pontos de vista muito diferentes. Entretanto, mesmo
essa diversidade foi criada por Deus para que os dois pudessem se
compreender e se completar, não para distanciá-los.
O desejo do homem tende a ser mais intenso, espontâneo
e frequente, como algo inerente à sua natureza física. Já o da
mulher precisa ser motivado, incentivado e nutrido como integrante de
uma complexidade de necessidades psicológicas e espirituais.
Mas o que não se pode negar é que a união sexual é
uma necessidade para os dois e que o homem tem uma carência, uma
predileção, uma predisposição maior para o ato. Ser sexualmente
desejado é algo de extrema importância no universo masculino.
Exatamente por isso é que talvez a maior área de
ataque inimigo seja justamente essa com relação aos homens,
aproveitando-se do descuido das esposas.
E aqui vemos dois erros muito frequentes: a mulher que
simplesmente ignora a necessidade de seu esposo e a mulher que não
se esforça para se tornar atraente para o marido (muito embora, em
grande parte dos casos, se esforce para parecer bonita e atraente
para outras pessoas).
Não estou aqui defendendo que a mulher deva servir como
mero objeto para a satisfação sexual do esposo. Também não estou
afirmando que a mulher deva se submeter às perversões sexuais do
seu marido ou que ambos se entreguem a práticas sexuais que a
própria Palavra de Deus considera impuras (inclusão de uma terceira
pessoa, sexo com animais, sexo fora do casamento etc).
Pelo contrário. Estou defendendo que a mulher passe a
ver o sexo puro como elemento essencial para a união do casal e para
a satisfação de necessidades pessoais dos dois envolvidos, e que
perceba que ao relegar esse assunto para segundo plano, tratando-o
como superficial ou supérfluo, ela própria está dando armas ao
inimigo para a destruição de seu matrimônio.
“O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do
mesmo modo a mulher ao marido.
A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio
corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem
autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher.
Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo
por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos
ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa
incontinência.” (1 Coríntios 7:3-5)
O que estou sugerindo é que a mulher seduza o seu
próprio marido, alimentando o desejo de um pelo outro, a fim de que
essa necessidade seja suprida dentro do próprio casamento e não
fora. Que a mulher se cuide para o próprio esposo, demonstrando
assim que também o deseja.
E entendam: não há risco maior do que um marido
sexualmente frustrado num mundo em que o sexo lhe é oferecido de
forma tão constante, fácil e descomprometida.
4 – FAÇA DE SUA CASA UM LUGAR DE REFÚGIO.
O lar deve ser o lugar para onde queremos ir no final do
dia, o lugar onde nos sentimos à vontade e protegidos da loucura do
mundo atual.
Seu marido precisa desejar estar em casa, na companhia
da esposa e dos filhos. Ele precisa querer fugir das batalhas
travadas no dia a dia para um lar de paz, harmonia e amor.
Assim, faça-o se sentir amado dentro de casa. Faça-o
se sentir importante dentro do lar. Cuide para que o ambiente que ele
encontrar quando chegar do trabalho seja o mais harmonioso e calmo
possível, um ambiente no qual ele possa se sentir seguro e
aconchegado.
Não estou dizendo que os problemas do lar não devam
ser compartilhados com ele, mas sim que esses problemas não podem
ser a primeira coisa que seu marido encontra quando chega em casa.
Há muitos homens que evitam voltar para casa cedo, que
ficam procurando mais trabalho ou se envolvendo em outros afazeres
justamente para não ter de voltar para casa e encontrar logo de cara
a mulher desesperada, emburrada, gritando e xingando. São homens que
enxergam seus lares como representação de um inferno para o qual
foram mandados e onde seus erros são constantemente apontados, onde
sua culpa e sua incapacidade são jogadas na cara a todo momento.
Sejam sábias, mulheres!
Procurem encontrar o melhor momento e o melhor lugar
para a discussão de algum problema. A roupa suja não deve ser
lavada no portão, na sala de estar diante de todos, nem na mesa do
jantar.
Procurem encontrar a melhor forma de falar, apresentar
alguma queixa. Tudo pode ser dito ao seu cônjuge, mas há uma
maneira certa de dizer que ao invés de trazer mais contenda e
discórdia possibilitará que o problema seja solucionado de forma
correta, eficaz e sem gerar traumas ou transtornos.
5 – GUIEM-SE PELO ESPÍRITO SANTO
O último conselho que gostaria de dar para aquelas
mulheres cristãs que desejam salvar seu casamento – e, creio eu, o
mais importante dos conselhos – é não acreditar que conseguirão
fazer isso sozinhas ou simplesmente com a ajuda de familiares ou
amigos.
A nossa caminhada cristã só é possível com a ajuda e
constante presença do Espírito Santo. É Ele quem nos conduz, nos
ensina. É Ele quem nos mostra no que estamos falhando e nos leva a
corrigir nossos erros. Ele é o único com poder suficiente para
criar e transformar.
No casamento isso não é diferente. O Espírito Santo
precisa estar na condução dos trabalhos e, para isso, nós devemos
abrir o espaço para que Ele aja. Afinal, Ele não força a porta de
entrada.
Tentar fazer tudo sozinha só vai levá-la ao estresse e
ao desespero, pois tudo é muito maior do que nossas forças
conseguem enfrentar. Mas como o pequeno Davi conseguiu derrubar o
gigante Golias, Deus pode usar aquilo que você possui em si para
vencer também as batalhas que envolvem o seu casamento.
Portanto, ore. Ore bastante, diuturnamente, abrindo
assim a porta para que o Espírito Santo entre dentro da sua casa.
Não tente levantar da cama sem antes conversar com o seu Pai Eterno
e clamar pela presença do Espírito Santo ao longo do seu dia.
E ao orar, se coloque à disposição Dele, aceitando e
seguindo suas orientações.
Nos momentos de desespero, antes até mesmo de levar o
problema ao seu marido, ajoelhe e deposite seu coração nas mãos do
Pai. Dessa forma, o Espírito Santo poderá mostrar até mesmo a
melhor forma de abordar o assunto com seu marido, o melhor momento.
Peça a Deus para que Ele mostre como tornar o lar um
lugar de refúgio, como reforçar o papel de liderança que seu
marido precisa ter, como fazer da união sexual algo mais frequente e
prazeroso para o casal.
Afinal, servimos a um Deus vivo, que vê, escuta e
também fala. Um Deus que não está inerte, assistindo o mundo
desmoronar. Ele age!
E acredite, esse mesmo Deus quer ajudá-la em todas
essas áreas para manter o seu casamento firme e seguro, pois a sua
família é um projeto pessoal Dele.