segunda-feira, 26 de agosto de 2013

ACORDA! DEUS É DEUS!

Pr. Daniel Marcio Ferreira Neves



 “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir o todo poderoso”.(Apoc 1:8)





Se alguém te fizer a pergunta “Quem você acha que é Deus?” qual será sua resposta?
Você é daqueles que creem num Deus sábio e poderoso, mas que não é intrometido? Compassivo e amável, mas que não é dominador? Cheio de poder, mas que não frustra os nossos planos?
Assim é o pensamento de muitos a respeito de Deus. Querem Deus, mas não como o senhor da vida. Isso acontece com frequência porque queremos viver com autonomia, sem satisfação a dar nem mesmo a Deus.
O profeta Isaias nos adverte dizendo: “..., os seus pensamentos são pensamentos de iniquidades, nos seus caminhos há desolação e abatimento”. (Is 59:7) ”Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor”. (Is 55:8)
Deus é Criador, é Santo, é Fiel, é Amoroso, é Soberano!
Diante dessa resumida definição do caráter de Deus, é muito grande a presunção humana em querer ser independente. A bíblia nos adverte novamente em Ecl 11:9- “Alegra-te jovem enquanto tens força e disposição, recreia a tua vida de juventude, anda pelos caminhos que alegram o teu coração e satisfazem os teus olhos, mas não esquece que Deus vai querer saber o que você fez com o presente que Ele te deu, a VIDA.
Quando faço a pergunta “Como você acha que é Deus?” não estou perguntando como você gostaria que Ele fosse e sim como você consegue reconciliar o Deus do Natal, que enviou seu filho Jesus à terra como salvador, com o Deus que julgará todos os povos no ultimo dia?
Vivemos num contexto de miscelânea de crenças religiosas, em que mesmo as pessoas que se dizem cristãs têm nas suas mentes a mistura de cristianismo com superstições transmitidas por pais e avós além dos ensinamentos de lideres de grupos religiosos que não reconhecem Deus como supremo, soberano e digno de total obediência. Com isso, o resultado são indivíduos que não conhecem o Deus que a bíblia declara.
O Universo não está solto no tempo, como se fosse uma grande bola que desce sem direção barranco abaixo. Deus continua no governo, nada foge ao seu controle, e tem um projeto de vida plena aos seus filhos, que é imutável e eterno.
Deus tem o melhor para nós. É isso que Ele promete em Isaias 29:11 e 12= “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais”.

Não queira dirigir sua vida, você não conhece o caminho!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

É HORA DE ACORDAR

Marcelo Luís de Souza Ferreira


Não sei se vocês têm a mesma sensação que eu, mas para mim alguma coisa há de muito errado nos dias de hoje.
Essa sensação muito me angustia, me entristece e me consome por dentro.
Uma passada de olhos pelos jornais, um pouco de televisão, uma conversa com um taxista ou um passeio pela internet é o suficiente para que essa sensação reapareça e persista. Afinal, as notícias não são nada boas!
A violência e a maldade humanas parecem ter chegado ao extremo do seu limite e agora começa a nos cercar. É como se já tivéssemos iniciado uma contagem regressiva até o momento de sermos nós mesmos as vítimas.
Será que estou sendo drástico demais? Veja por si mesmo.
Não há quem não tenha tido um amigo ou parente brutal e estupidamente assassinado nos últimos anos.
Não há quem não viva ou não conviva com a depressão, um dos males mais comuns atualmente.
Não há quem não conheça de perto o drama de alguém que se perdeu nas drogas.
Não há quem não conheça várias famílias desagregadas com seus membros arrasados e perdidos no mundo.
Todas essas coisas estão muito próximas e por onde se procura encontra-se tudo menos a felicidade autêntica e duradoura.
As manchetes anunciam pais e filhos se matando, pessoas planejando e executando assassinatos em massa aleatoriamente, gente se juntando cada vez mais para cometer os crimes mais bárbaros e absurdos. Nenhum temor a absolutamente nada (nem à possibilidade de passar o resto da vida na cadeia)... nenhum respeito à vida, que hoje é tirada por uma mera confusão no trânsito.
E assim vamos nos acostumando com as frias estatísticas, que reduzem cada pessoa a um ínfimo número quase imperceptível. Vamos nos tornando também imperceptíveis.
O curioso disso tudo é que talvez experimentemos nos dias atuais nosso momento de maior liberdade e glória: o ser humano é tudo!
Ao menos em nosso país muitas pessoas que antes passavam fome melhoraram consideravelmente seu poder aquisitivo nos últimos anos e agora têm acesso a bens materiais dos mais diversos. As pessoas podem se cuidar, tratar da beleza física e da saúde e, além disso, defende-se por todo canto que as pessoas devem buscar a sua felicidade individual, elevando-se a satisfação pessoal a um patamar supremo: “nada nem ninguém pode te impedir de ser feliz, de se realizar pessoalmente”.
Hoje, portanto, se as instituições sociais tradicionais cerceiam de alguma forma essa liberdade individual, elas já não nos servem, mudemo-las ou simplesmente acabemos com elas, pois tornaram-se defasadas, retrógradas, anacrônicas!
Se a família impede o indivíduo de se expressar por completo é porque ela já não nos serve mais. Então, vamos reformatá-la, desconstruí-la, desvalorizá-la.
Se a escola tolhe o indivíduo com suas regras e fiscalizações, mudemos nosso modelo de escola dando total autonomia ao aluno.
E se algo ou alguém representa autoridade em nossas vidas, vamos desconstituí-lo, pois submissão e autoridade são palavras que impedem o ser humano de exercer plenamente sua liberdade natural. E o ser humano individualmente considerado está acima de todas as coisas...virou seu próprio deus.
É isso que embasa muitas bandeiras atualmente. E a mídia reforça minuto a minuto essa ideia: “o casamento não vai bem, se separe pois ninguém é obrigado a permanecer preso numa relação infeliz”; “os filhos te impedem de satisfazer suas vontades, deixe-os e vá fazer o que te dá prazer”; “os pais não te deixam fazer nada, dê o seu grito de liberdade e saia de casa”; “seu patrão te chateia, saia do emprego e busque algo melhor”; “ninguém é de ninguém”; “se te der vontade, faça, experimente”.
As telenovelas, os programas de entrevistas, os seriados, os desenhos, os jornais, as revistas... todos apontam a plena liberdade de expressão individual como a chave para uma sociedade mais justa e feliz.
Esse é o discurso vigente e é o que tem nos comandado: a busca pelo prazer individual e a garantia da ampla liberdade de cada ser.
Há um paradoxo, contudo.
Ora, se essa é a ordem do dia e se essa liberdade é o que se tem procurado garantir a todo custo, por que o ser humano parece estar cada vez mais infeliz? Por que as pessoas têm demonstrado cada dia menos respeito e amor pelo próximo? Por que as pessoas se destroem, cometem tantos assassinatos e suicídios, e revelam um nível de insatisfação que se intensifica a cada dia?
Alguma coisa está errada! A conta não fecha. O resultado não bate com a operação praticada.
Basta uma mera análise dos fatos, a comparação entre o grau de avanço dessa ideologia vigente e o nível de satisfação das pessoas para perceber que alguma coisa está mesmo muito errada.
Basta um pouquinho de vontade de raciocinar para perceber que compramos e vivemos um discurso falho.
E precisamos ter a coragem de reconhecer: estamos nos iludindo!
Vamos pensar juntos então.
A mídia que reforça tanto a ideia de liberdade do ser humano, da garantia de ser livre para fazer suas escolhas é a mesma mídia que nos diz como devemos ser, como devemos nos portar, o que devemos fazer e o que devemos ter. E é interessante como essas determinações nos colocam no caminho de coisas e situações que tendem a nos prejudicar.
É ela que dita um padrão de beleza inatingível, em nome do qual muitas pessoas morrem desnecessariamente, se propondo a ser aquilo para o que seu próprio organismo está preparado. Isso sem contar os comportamentos patológicos como bulimia e anorexia, que hoje atingem até crianças.
Nas telenovelas, filmes e seriados o que mais vemos é a desvalorização de todos aqueles que não se enquadram nesse padrão de beleza. Ataca-se diretamente a autoestima das pessoas fomentando-se a busca pelo príncipe encantado (prioritariamente capaz de satisfazer todos os desejos materiais da mulher) ou pela irreal princesa de conto de fadas, com medidas milimetricamente aferidas e sem problemas hormonais. Não há espaço no mundo real para a pessoa real e haja depressão a ser enfrentada!
Nesse mesmo meio se questiona a instituição familiar tradicional e se apresentam formas alternativas de famílias. O casamento é descrito como uma prisão. A satisfação pessoal de cada cônjuge é colocada acima de todos os demais interesses familiares, inclusive acima da formação de um ambiente saudável e harmônico com a superação das diferenças existentes em benefício de um interesse comum. A fidelidade é apresentada como algo desnecessário e ultrapassado. O amor entre os membros da família é relegado a segundo plano... e isso tudo quando os estudiosos apontam a desagregação e a desestrutura familiar como uma das principais causas do alto índice de criminalidade encontrado nas cidades contemporâneas.
Ao mesmo tempo em que se procura desmerecer a fidelidade conjugal, pugna-se por uma liberdade sexual absoluta, trazendo inclusive as crianças para esse universo de forma precoce e impensada, com a defesa do sexo sem compromisso, da multiplicidade de parceiros e da diversidade da prática sexual como mera expressão da personalidade humana, encobrindo-se os graves problemas das doenças sexualmente transmissíveis, da pedofilia que tem se alastrado apesar de todo o combate promovido pelas autoridades constituídas, da gravidez indesejada e das crianças abandonadas ou mantidas sem a menor assistência material ou psicológica. Pior ainda: pregamos a total liberdade sexual, mas nos revoltamos com a espantosa quantidade de mães solteiras e filhos abandonados pelos pais, muitas vezes dependentes dos programas assistenciais governamentais, além de termos aversão e relegarmos à marginalidade os que se prostituem e aqueles que se contaminam com doenças sexualmente transmissíveis.
Vemos ainda reforçada a cada dia a ideia de que somos aquilo que podemos adquirir com o nosso dinheiro, através do que nos empurram coisas absolutamente desnecessárias mas que passam a definir o nosso lugar na sociedade, o nosso valor. Em contrapartida, sofremos diariamente com os males decorrentes da cobiça e da ganância, que dão ensejo à corrupção, à malversação do bem público, a roubos e a latrocínios.
Por fim, para não alongarmos a conversa além do possível, esse discurso de liberalidade, antropocêntrico e hedonista é totalmente contrário ao reconhecimento da existência de Deus e por não conseguirmos conviver com a ideia de um Deus regendo nossas vidas, um Senhor ao qual deveríamos servir e prestar obediência, elegemos dentre nós nossos próprios ídolos, com base em valores efêmeros (quem tem mais dinheiro, o que tem o melhor carro, a pessoa mais eloquente, a “mulher fruta”, o cantor de sucesso), e, pasmem, os seguimos e adoramos, mesmo sabendo que tais ídolos são eleitos com a mesma rapidez com que são por nós destruídos e descartados, assim como que muitos desses nossos ídolos desistirão de viver cedo demais, simplesmente por não aguentar a própria vida!
Não há nisso tudo um contrassenso assustador?
Pelo caminho que estamos tomando e pelo grau de deterioração do próprio homem creio que está passando da hora de despertarmos para essa realidade. Reconhecer o que, como vimos, salta aos olhos.
O discurso falhou!
A proposta de liberdade que compramos na verdade é um pacto de escravidão!
Não somos o que queremos ser. Aliás, nem sabemos o que queremos ser e servimos àquilo que nos destrói.
A nossa tentativa de remodelar a sociedade de modo que nada se posicionasse acima do interesse individual de cada um apenas demonstra o quanto somos falíveis e imperfeitos.
Por meio dessa tentativa, as pessoas passaram a se ver como objetos e a usar umas às outras sem notar que do outro lado há sempre um outro ser humano, com as mesmas buscas, dores e frustrações.
Nos tornamos ainda mais confusos com a nossa própria identidade. Não sabemos mais quem somos e na busca por uma autodefinição nos perdemos.
Corremos desesperadamente atrás de coisas que o próprio tempo se incumbirá de levar, revelando que afinal todo aquele empenho fora em vão. E sabemos disso!
Sabemos tanto que lutamos agora para viabilizar mecanismos de fuga dessa realidade indigesta que nós próprios criamos. Queremos legalizar drogas, como se tivéssemos o direito de obter um passaporte para outro mundo já que conseguimos estragar esse em que vivemos. E brigamos por isso sem nem ao menos ter a intenção de olhar e ouvir aqueles inúmeros seres que lutam incessantemente para tentar se libertar dos vícios já adquiridos. Com isso de certa forma dizemos: “Não importa! Qualquer outra coisa é melhor do que o que estamos vivendo ” (mas não estamos vivendo a liberdade que tango almejamos?).
Pagamos para ter toda essa ilusão. E pagamos muito! Basta ver quanto lucram os meios de comunicação, a indústria da beleza, os produtores de bebida e de cigarros, sem contar os narcotraficantes espalhados pelo mundo.
Pagamos e não ganhamos nada de bom em troca. É chegada a hora de acordar!
Precisamos pensar, raciocinar. Deixar de comprar todo esse discurso falso e ilusório, calcado na exagerada promoção do prazer individual, que já não se dá sequer ao trabalho de mascarar sua contradição e que está nos levando à própria destruição.
Precisamos firmar posição e não nos deixar corromper. Não podemos mais ser usados por algo que não nos traz qualquer benefício real.
Precisamos reconhecer nossos erros e nossas limitações: não somos deuses e na grandiosidade desse universo que ocupamos não temos poder algum, nem mesmo sobre nossas próprias vidas.
Precisamos entender que estamos nos tornando o que não queremos ser, que causamos sofrimento a nós mesmos em função da nossa arrogância e do nosso egoísmo, e que temos nos dissociado cada vez mais de qualquer ideal de humanidade.
Precisamos perceber, enquanto há tempo, que há sim um outro caminho, ainda acessível embora difícil de ser trilhado. E precisamos pegá-lo.
Precisamos urgentemente lembrar que temos um Pai esperando, pronto para nos perdoar e cuidar das nossas vidas como jamais conseguiremos cuidar por nós mesmos. E que para chegar a esse Pai o único caminho é o Filho, que por enquanto ainda nos aguarda de braços abertos.

A GRAÇA TEM DONO!

Pr. Daniel Marcio Ferreira Neves



...Maria,não temas porque achaste “graça” diante de Deus.”(Lc 1:30)




Entender a doutrina da graça é algo extremamente importante e faz bem relembrar esse presente. Esse chamado eficiente acontece quando o Espírito Santo age no coração da pessoa, a qual não consegue outra coisa senão obedecer.
A historia de Maria é muito própria para entendermos com clareza o que é a convocação divina. Maria, quando ouviu o anjo Gabriel dizer “Alegra-te, muito favorecida! O senhor é contigo” (Lc 1:28), levantou uma difícil questão quando disse: “não sou casada e nem conheci homem algum.” Mas a resposta do anjo Gabriel foi clara: toda ação é divina; “o Espirito Santo descerá sobre ti, e o poder de Deus te envolverá completamente e o ser que há de nascer do seu ventre será reconhecido por muitos, como Filho de Deus”(Lc 1:35)
É bom que saibamos algumas coisas, quando a “Dispensação da Graça”vem sobre a pessoa:
1º) ELA NÃO VÊ QUEM É A PESSOA! -Não é por merecimento pessoal. Deus, quando chama, Ele mesmo convence, separa e atrai. Vemos isso também quando Jesus encontrou Zaqueu. Não houve momento de duvida e nem tampouco foi postergado o encontro. O próprio Jesus disse: “Zaqueu desce depressa, hoje me convém pousar em sua casa.”(Luc 19:5)
Quando o chamado de Jesus vem, até mesmo um homem arrogante, vaidoso e prepotente como Zaqueu, não resiste e obedece. Quando Deus escolhe, Ele não observa se é alguém conhecido ou desconhecido na sociedade, nem mesmo se sabe muito ou pouco sobre Ele, pois não faz acepção de pessoas.
2º)SUA ESCOLHA É PESSOAL! -Na Galiléia existiam muitas mulheres, mas Deus quis dispensar sua Graça na vida de Maria. O chamado é pessoal, não é por grupo, por família nem por sobrenome. Em Hb 9:8 diz: “estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa.” Também em Jo 15:16 diz: “Não fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...”
3º) E ACONTECE NO TEMPO DE DEUS! -Quando o Anjo Gabriel falou com Maria, a convocação era para aquela hora. Era urgente, necessária e intransferível. Quando Deus chama, Ele separa , santifica e publica. Ele não volta atrás e nem desiste da sua decisão. É irrevogável.
Vemos nesse acontecimento algo extraordinário, toda iniciativa não veio de Maria e sim de Deus, tanto é que ela ficou surpresa, e sentiu-se indigna quando proferiu seu cântico: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus meu Salvador, porque contemplou na humildade da tua serva.”Lc 1:46-48).
Maria entendeu que a hora era aquela, e que seus méritos não eram excepcionais, mas Deus resolveu agir assim.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

DEUS É FIEL


Isaque Reinaldo



          Há cerca de 7 anos atrás eu estava indo para a cidade de Sorocaba prestar vestibular na PUC-SP, a faculdade dos meus sonhos. Saí de casa cedo... caminhei alguns quilômetros até o ponto de ônibus. Eu tinhas as moedas, do transporte, contas.


          Após 5 horas de prova, com fome e com frio, ao lado da rodoviária de Sorocaba contemplei uma cena que nunca irá se apagar da minha memória. Uma família. O pai puxava uma carroça cheia de papelão e latinhas, a mãe o ajudava empurrando a carroça e o filho, com cerca de 9 anos de idade, ia sentado sobre todo aquele material.



          No ponto de ônibus bem em frente a mim. Eles pararam o filho desceu da carroça com ajuda da mãe e começou a recolher as latinhas que estavam entre os assentos e junto ao muro. Todos eles estavam felizes e conversavam e trabalhavam numa sintonia perfeita.



          Após o filho recolher todas as latinhas e papeis que lhes seriam úteis, o pai o tomou nos braços e o beijou ternamente, colocando-o novamente sobre a carroça. Abraçou a esposa e voltaram a puxar a carroça que possuía a seguinte inscrição: Deus é Fiel. 



          Naquele momento percebi que Deus falava comigo. E que não importava a situação que estava vivendo... Ele permaneceria fiel. E fui tomado por uma alegria interior que me fez esquecer a fome, o cansaço e os 6 quilômetros de caminha que eu ainda teria de enfrentar.

Linda música: DEUS SUPREMO ÉS

Vale a pena conferir essa singela interpretação da amiga Candice:

http://www.youtube.com/watch?v=K2w7xG9cNvo&feature=youtu.be

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

OS EXALTADOS SERÃO HUMILHADOS

Pr. Jorge Eduardo Gerald - Angra dois Reis /R. J.

“Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura quanto de fome; assim de abundância, como de escassez.” Fl 4.13

Crer que os humilhados serão exaltados significa, antes de tudo, crer que os exaltados serão humilhados. E o homem que escreveu as palavras acima - inspirado pelo Espírito Santo - aprendeu muito bem essa lição! Veja o que ele mesmo diz:

“Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, verdadeiro hebreu quanto à Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo. Mais do que isso considero tudo como perda, comparado a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.” Fl 3 4b-9
O que vou escrever na tela de vidro pode escandalizar alguns, mas eu vou mandar mesmo assim: - Um homem exaltado por Cristo é antes de tudo, alguém que foi humilhado por ele ou sob a permissão dele!
Não foi um cavalo que humilhou a Paulo o derrubando, não foram os irmãos que desconfiavam de sua conversão, não foram os judeus, não foram os romanos, foi o Cristo e depois o próprio Paulo.
Por isso, quem crê na bênção de uma vida exaltada por Cristo precisa antes crer na bênção da humilhação.
Agora, nós sabemos realmente o que significa humilhação?
Significa tornar baixo, trazer para baixo, trazer para a terra, nivelar. No Evangelho segundo Mateus, no capítulo 23 versículo 12, está escrito assim: Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado (será rebaixado, ou nivelado), e todo aquele que a si mesmo se humilhar (se rebaixar) será exaltado.
Pois Deus resiste a um coração altivo, mas se compadece do quebrantado coração.
Deus nos quer como criaturas dependentes dele, pessoas, que não vejam diferenças entre si e não tenham mais nada em que se gloriar, a não ser nele.
“Voz do que clama no deserto: preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele. Todo vale será aterrado e todas as montanhas e colinas, niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os caminhos acidentados aplanados. E toda a humanidade verá a salvação de Deus.”Lc 3.4-6
Jesus veio para trazer a igualdade de condições à humanidade. A fim de que, o que é altivo, e o que é rebaixado fiquem nivelados. Pois independente do nível sócio-econômico e intelectual de cada um, independente da imagem que cada um tenha de si, diante de Deus somos todos iguais, e, é de sua vontade que reconheçamos isso, por bem ou por mal.
Deus não trabalha em cima de obra mal construída, Ele primeiro põe tudo ao chão para depois construir uma linda habitação. Porque Deus não habita em barracos e nem empuxadinhos espirituais.
Jesus espera ver em nós a prática da humildade através de seu exemplo.
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou (se rebaixou), tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz.” Fl 2.5-8
Você pode não concordar, mas a humilhação é o remédio amargo que nos faz muito bem. Outra coisa que você precisa saber: humilhação não é só ter a atenção chamada em público - por exemplo - essa dorzinha que você está sentindo nas costas, é uma humilhação. Olhar os pássaros voando sem poder sair do chão é uma humilhação; dar um mergulho no rio e ter que levantar a cabeça para respirar é uma humilhação. Olhar no espelho e ver o que você vê todo dia é uma humilhação... Até mesmo para mim (risos)!
Deus nós fez para a máxima perfeição, nós jogamos tudo fora e estamos aqui somente pela misericórdia.
Jesus quando assumiu a nossa condição humana estava submetendo-se a mais profunda humilhação, ou você pensa que sua humilhação começou no calvário. Quem somos nós, estamos cheios de espinhos na carne, precisamos a todo tempo descer a casa do oleiro (Jr 18. 1-10). Descer a casa do oleiro é o que Ele espera de você e de todos nós.
Só Jesus traz exaltação... Após aprendermos a bênção da humilhação.
“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele em tempo oportuno, vos exalte.” 1Pd 5.6.
Existem palavras na Bíblia, que nós deixam cheios de dedos para tratá-las. Sabem por quê? Porque somos muito influenciados pelos conceitos de valores do mundo. Na época de Paulo, o paganismo não tinha qualquer palavra para significar a graça e a beleza da humildade. Os termos correspondentes queriam dizer fraqueza e baixeza da alma. O cristão não pode se deixar levar por esses conceitos mundanos para aprender a ter paz nas tribulações da vida na esperança que o Senhor lhe eleve. Não só depois da morte, não só materialmente falando. Mas principalmente nós resgatando ao seu projeto original, para transformar nosso corpo de humilhação para ser conforme o corpo de sua glória.
Sabem o que é uma vida exaltada por Deus? Não vejo na Bíblia outra definição mais completa e bela do que a do Salmo 1, o meu Salmo preferido:
Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada a beira de águas correntes: dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz próspera!Sl 1. 1-3
Isso é ser exaltado hoje! Aleluia!
Humilhação não é só o que você pensava hein?... Olha para o espelho. (risos). ...Mas ela é o remédio amargo que nos faz bem, dosada não pelos homens, mas por Deus.
Será que nos sentiríamos tão humilhados se fossemos surpreendidos de posse de algo que não nos pertence? É isso que precisamos aprender! Nesse mundo, de fato não somos donos de nada! Precisamos enxergar isso para darmos legitimidade a nossa própria vida. Jó quando foi avisado sobre a trágica morte de seus filhos, muito se entristeceu. Entretanto, disse algo que nos ensina muito: "saí nú do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor". Jó 1.21.
Em outras palavras Jó dizia: já nasci humilhado recebi mais do que merecia, e o que recebi aqui não levarei comigo; tudo que tenho ou tinha recebi do Senhor, se hoje perdi, perdi o que não tinha méritos em possuir, bendito seja sempre o nome do Senhor!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A BATALHA É DIÁRIA!

Pr. Daniel Marcio Ferreira Neves

"E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”(Rom 12:2)

 
  
          Tempo difícil é o nome que damos aos momentos de confronto, luta ou combate.
           Isso não se restringe apenas quando se discute uma ideia, mas principalmente quando somos exigidos que nossa prática seja coerente com a nossa fala. Se ser cristão não requer renúncia de si mesmo, então qualquer um pode ser considerado cristão. Jesus, quando tratou sobre esse assunto em Mt 16:24, afirmou: “SE ALGUÉM QUER VIR APÓS MIM, A SI MESMO SE NEGUE, TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME.
           Se podemos manter a vontade individual reinando e ainda assim ir para o céu, isto é muito vantajoso. Se o crer não requer coerência prática no viver diário relacionado ao amor, à misericórdia e ao serviço, conseguimos então a receita certa para termos uma grande igreja, mas com mudanças mínimas e sem compromisso.
           O pensamento humanista que encontra lógica no mundo e se amolda aos valores seculares, tem sido um câncer na vida de muitos membros de igreja ao negarem a real vocação da igreja que é de ser padrão e não de ser participante apenas. Possuem um ensino que é uma máscara de piedade, porém não abrem mão da sua vontade egoísta e não dão prioridade à vontade de Deus.
           A igreja, de maneira geral, tem cedido à pressão prática de apenas proclamar o evangelho de modo verbal, entendendo que isso é suficiente para se viver de modo integral o cristianismo. A igreja não precisa de repetidores de mensagens, “meros papagaios”, mas de cidadãos que busquem uma vida de santidade, comprometida e que amem a DEUS, sua PALAVRA e a sua IGREJA.
           Dr. D.A. Carson, tratando sobre esse assunto. disse: “Alguns se distanciam da mensagem da cruz e procuram substituí-la com um viver ANTROPOCÊNTRICO(homem no centro) e não aceitam viver em obediência(por entender que isso é lei), assumindo assim o controle ou regência da vida, esquecem que o temor a Deus e a sua Palavra, requer compromisso, autonegação e andar nas pegadas de Cristo.”
           Cristianismo sem a cruz é a proposta da religião mundana e fé sem compromisso e sem renúncia é o mesmo que cristianismo sem cruz. O evangelho de Cristo é uma proposta sóbria, dissociada dos extremos das obras, mas a certeza de que Deus requer, do seu povo, amor ao Seu projeto de resgate. O projeto divino não é constituído de alienados, mas sim dos que foram por ELE chamados para serem participantes e não expectadores.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

APRENDENDO COM HABACUQUE

Marcelo Luís de Souza Ferreira

Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado;
Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.
O Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas. (Para o cantor-mor sobre os meus instrumentos de corda).”
Habacuque 3:17-19

           Hoje, amanhecemos tristes aqui em casa, eis que algo que esperávamos que acontecesse e que traria muita alegria a todos nós, teve seu curso interrompido por Deus.
           Ao refletir sobre o ocorrido foi inevitável lembrar de Habacuque e de sua memorável oração.
           O profeta, que no momento da tristeza e desolação de seu povo, em meio a todo sofrimento e opressão por que passavam, com a escravidão e o exílio, conseguiu ultrapassar a sua dor e enxergar além de toda prova e tribulação. Conseguiu enxergar Deus e encontrar Nele alegria, força e fé.
           Ao que tudo indica, Habacuque não vivenciou a vitória que Deus lhe assegurou que viria e que de fato acabou acontecendo com a libertação do povo e o seu retorno, livre, à sua terra. E talvez por isso seu texto seja tão lindo e tão importante. Ele nos ensina a simplesmente se alegrar no Senhor, a exultar pela mera companhia dEle durante a caminhada, independente do trecho que percorremos. Nos ensina a louvar a Deus tão somente pela Promessa, ainda que por meio dos nossos olhos carnais seu cumprimento pareça inatingível.
           Em suma, a caminhada com Deus é o que interessa!
           Nesse aspecto não dá para dissociar sua história da missão atribuída a Moisés. O ensinamento que Deus pretende nos dar é o mesmo.
           Moisés peregrinou com o povo judeu através do deserto por 40 anos, liderando e lidando com todos os problemas daquela infinidade de pessoas numa terra improdutiva, difícil de andar e cheia de perigos, apenas na promessa de entregar a esse mesmo povo uma terra de fartura.
           Moisés teve de suportar todas essas dificuldades por 40 anos, sofrendo pela dureza dos corações do seu povo, pela falta de fé e pela falta de disposição desse mesmo povo em obedecer Àquele que já havia demonstrado todo o Seu poder quando os libertou do Egito. Teve de assumir esse encargo por longos 40 anos quando o destino teria sido alcançado em 40 dias caso o povo tivesse ouvido os conselhos e as determinações passadas por Deus através do próprio Moisés.
           E o mais interessante disso tudo: Moisés não habitou a terra prometida. Conduziu todo o povo até ela, mas não entrou. Deus o levou ao alto de um monte para mostrar o cumprimento da promessa e o recolheu para Si.
           Não se vê nessa passagem qualquer revolta ou inconformismo por parte de Moisés. Pelo contrário. Ao ser recolhido por Deus, Moisés soube que sua missão estava satisfatoriamente cumprida. Ver qual seria a terra prometida foi um bônus, um presente a mais concedido pelo Pai.
           Moisés também já tinha entendido, desde que recebera o chamado através de uma sarça ardente, que o mais importante para ele era a caminhada com Deus, ainda que o resultado de todo o seu esforço apenas fosse usufruído pelas gerações futuras. Para ele, a companhia de Deus durante todos esses momentos difíceis, a possibilidade de conversar face a face com o Pai e estar diante da Sua glória compensavam todo o trabalho e o esforço que ele próprio sabia não ter condições físicas e mentais de executar e dispor sozinho.
           Nos dois casos, o conselho é o mesmo: exultar, se alegrar em Deus apenas pela Sua presença e pela sua companhia durante a jornada. Louvá-Lo, independente das circunstâncias e contra todos os prognósticos. Adorá-Lo, “ ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide”.
           Que Deus nos abençoe!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

JESUS, A MELHOR ESCOLHA

Música composta e cantada por Evandro Pereira para nossa campanha de evangelização.
A campanha em si já ocorreu, mas o trabalho de evangelização é permanente. Por isso, sempre vale a pena dar uma conferida: 
http://www.youtube.com/watch?v=QstLCx2RVJY

SALOMÃO PEDE A DEUS SABEDORIA.

Evandro Pereira

1 Reis 3:1-15

1 E Salomão se aparentou com Faraó, rei do Egito; e tomou a filha de Faraó, e a trouxe à cidade de Davi, até que acabasse de edificar a sua casa, e a casa do SENHOR, e a muralha de Jerusalém em redor.
2 Entretanto, o povo sacrificava sobre os altos; porque até àqueles dias ainda não se havia edificado casa ao nome do SENHOR.
3 E Salomão amava ao SENHOR, andando nos estatutos de Davi seu pai; somente que nos altos sacrificava, e queimava incenso.
4 E foi o rei a Gibeom para lá sacrificar, porque aquele era o alto maior; mil holocaustos sacrificou Salomão naquele altar.
5 E em Gibeom apareceu o SENHOR a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê.
6 E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia.
7 Agora, pois, ó SENHOR meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; e sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar.
8 E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão.
9 A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?
10 E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso.
11 E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo;
12 Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará.
13 E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias.
14 E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos, e os meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias.
15 E acordou Salomão, e eis que era sonho. E indo a Jerusalém, pôs-se perante a arca da aliança do SENHOR, e sacrificou holocausto, e preparou sacrifícios pacíficos, e fez um banquete a todos os seus servos.

     Vamos orar: “Senhor, meu Deus, como é bom estar na tua casa para adorá-lo, para aprender mais da tua palavra e também para vivermos em comunhão com os demais irmãos, peço que o teu Espírito Santo esteja agindo nesta manhã em nossas vidas, nos dando entendimento da Tua palavra. Somos teus servos e cremos na tua santidade, no teu amor, na tua misericórdia e na salvação em Cristo Jesus. Sê conosco, é o que te pedimos, em nome de Jesus, Amém!
     Muito bem, meus irmãos!
     Logo de início, quero destacar aqui o versículo 3 deste texto, vemos que Salomão amava ao Senhor, andado nos estatutos/preceitos que seu pai – rei DAVI – o ensinou.
     A história narrada na bíblia nos conta que quando Salomão se tornou Rei, ele era ainda jovem, tinha aproximadamente 18 anos; depois de um tempo casou-se com a filha do Faraó do Egito. Neste meio tempo ele estava construindo a sua casa, a casa do Senhor e a muralha em torno de Jerusalém. Como ainda não estava edificada a casa do Senhor, Salomão tinha o costume de se deslocar até Gibeom que era o local mais alto ou monte mais alto para fazer sacrifícios, oferecer holocaustos e queimar incenso naquele altar – conforme versículos 1 e 2.
     De repente, em Gibeom – no período noturno, lá está Salomão tirando uma soneca, dormindo e Deus lhe aparece em sonhos fazendo uma pergunta ou uma afirmação? Vamos ler novamente o versículo 5... Dá pra perceber claramente que é uma afirmação e este Deus descrito aqui no texto é o mesmo Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó, é o Deus que nós cremos, Ele é um Deus de afirmação e a mesma afirmação que Ele fez lá no passado, Ele está fazendo hoje pra nós: ”Pede o que queres que eu te dê.”
     E eu queria fazer uma pergunta pra você neste momento – (eu pergunto, Deus afirma). Qual seria a sua resposta se estivesse no lugar de Salomão? Já imaginou isto, esta noite você está lá dormindo, sonhando, e de repente você ouve de Deus esta afirmação. Qual seria a sua resposta?
     Normalmente, a gente nesta idade de Salomão - ainda bem jovem, sem muita experiência de vida, pensaríamos em muitas outras coisas (menos no que Salomão pensou), como por exemplo: um carro zero kilômetro, uma casa fantástica, uma viagem inesquecível, aquela mulher/namorada maravilhosa, um instrumento top de linha (músicos), ou seja, algo que satisfizesse a nossa própria vontade, o nosso próprio desejo, o nosso próprio ego.
     Mas olha só o que Salomão pediu pra Deus no versículo 9. Nada mais, nada menos que sabedoria e entendimento para poder agir com justiça perante o povo que ele iria governar.      Mas porque que ele pediu isto a Deus? A resposta está nos versículos 7 e 8 - porque Salomão tinha total consciência de que ele por si só não tinha competência para lidar com a situação, não tinha experiência necessária, era ainda um aprendiz no quesito governar, não se sentia preparado, mesmo sendo filho de um Rei grandioso como o Rei Davi.
     E quando Deus ouve o pedido do Rei Salomão, Deus se alegra. Se alegra porque Salomão não pediu riqueza, não pediu longevidade, não pediu a vida dos inimigos, mas pediu entendimento para agir com justiça perante o seu povo.
     Irmãos, tudo o que nós pedimos para Deus, gera uma consequência e quando pedimos da maneira adequada, da maneira correta, a consequência é maior do que esperamos ou imaginamos.
     Versículos 12 e 13 diz...
     Salomão pediu coisas que não se prendiam ao seu próprio ego, a sua própria vontade, a sua própria pessoa, mas pediu coisas que agregassem valores a todo o povo do seu reinado. Ele queria andar como o seu pai - Rei Davi, andou em verdade, justiça e retidão de coração – versículo 6. Agindo assim, Salomão sabia que seu reinado seria abençoado, vitorioso.
     Quantas vezes nós pedimos pra Deus sabedoria, entendimento, para abençoarmos o nosso próximo? Quantas vezes pedimos pra Ele fazer a vontade dEle na nossa vida, e não a nossa própria? Porque pedir pra nós mesmos, nós fazemos muito bem isto - já que é do nosso interesse, mas pedirmos para Deus nos capacitar para beneficiarmos outros, isto não é constante em nossas orações.
     E Deus deixa mais um recadinho para Salomão, veja no versículo 14.
     Foi assim que Salomão teve êxito no seu reinado, ele soube pedir a coisa certa pra Deus e além de seu pedido atendido, Deus lhe abriu portas, lhe concedeu bens, emoções, vida além do que ele próprio esperava.
     Naquele época se prestava holocaustos, sacrifícos com animais, hoje não necessitamos mais porque Jesus Cristo foi crucificado por nossos pecados.
     Deus está lhe afirmando hoje: ”Pede o que queres que eu te dê.”
     O que você tem pedido em suas orações? Riqueza? Fama? Dinheiro? Viagens? Casa com piscina? Carro 0KM? Será que isto é o mais importante? Ou você tem pedido para que Deus o abençoe para que você possa abençoar outras pessoas também...
     Que esta história de Salomão possa nos direcionar a pedirmos a coisa certa para Deus – sabedoria!
     Amém!

CREIA NAS PROMESSAS DE DEUS



Ney Maranhão

          “E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel.” (Números 13.1-2a)
          “... Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.” (Números 13.33)
          Estamos em Números 13. O Senhor falou a Moisés que enviasse homens a fim de espiar a terra de Canaã – a terra prometida. Cumprida a missão, venho o relato: - “O povo é poderoso. As cidades são fortes. É terra de gigantes. Éramos como gafanhotos diante deles. Não podemos subir contra aquele povo porque é mais forte do que nós”. 
          Interessante.
          No início do capítulo, a ênfase repousa na promessa de Deus sobre aquela terra - mas o homem deveria conquistá-la. No meio do capítulo, a ênfase recai sobre gigantes, fortalezas e guerreiros fortíssimos existentes naquela terra – e o homem ainda deveria conquistá-la. No fim do capítulo, a ênfase está sobre a incredulidade do homem – que já não desejava mais conquistá-la.
          Não seria esse, também, o enredo de nossas vidas?
          No início, as belas promessas de Deus. No meio, as tormentosas dificuldades da vida. No fim, a nossa triste incredulidade.
          Todavia, deixe-me lembrar de algo: “...se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31b).
          Logo, não perca o foco: continue crendo em Deus.
          Está difícil? Creia! Há gigantes? Creia! Existem fortalezas? Creia!
       Apenas creia em Deus: em qualquer circunstância, em qualquer contexto, em qualquer situação. Nada mais certo: os impossíveis da vida nada são diante do Deus do impossível...

ENCONTRANDO COM PEDRO

Marcelo Luís de Souza Ferreira

     Hoje me peguei pensando em Pedro, apóstolo de Cristo, e passei um tempo olhando de perto essa pessoa tão intrigante.
     Já havia lido e ouvido as histórias e pregações que abordam o seu difícil temperamento e a mudança que Deus operou em sua vida, mas ainda não tinha tentado olhar para dentro de Pedro e analisar as coisas sob o seu ponto de vista. Na verdade, a sua inconstância, sua impetuosidade e sua incapacidade de enxergar além sempre foram obstáculos para que eu o entendesse, ou seja, o meu julgamento sobre suas atitudes não me deixavam vê-lo como talvez eu deveria ver.
     O curioso de tudo isso é que ao me debruçar sobre a vida de Pedro e visualizar a obra de Deus nela, ao tentar ultrapassar essa minha dificuldade de compreender a ação de Deus através dos defeitos e da fragilidade humana eu pude enxergar um pouco (ou muito) de mim e perceber o quanto Deus pode e ainda irá trabalhar sobre minha vida. Eu pude me enxergar em Pedro e enxergá-lo em mim, percebendo que a minha resistência em entendê-lo sempre foi, na realidade, reflexo da dificuldade que tenho de entender a mim mesmo, de reconhecer meus próprios defeitos e assumi-los.
     Para acompanhar essa reflexão é necessário mergulhar um pouco na história de Pedro.
     A Bíblia nos mostra que Simão Pedro era um pescador e, como tal, uma pessoa simples e prática, acostumada a lidar com as dificuldades normais de uma vida humilde e a resolvê-las segundo a sua racionalidade e seu pragmatismo, com os recursos físicos e materiais de que dispunha. Era um homem de trabalho, que arregaçava as mangas e acreditava que com sua própria força conseguiria daria conta de solucionar seus problemas e que, se assim não fosse, era porque os problemas seriam insolúveis.
     O episódio da transfiguração bem revela o caráter pragmático de Pedro e sua dificuldade de compreender e aceitar as coisas espirituais.
     Tendo Jesus se transfigurado em sua presença e aparecido em companhia de Moisés e Elias, revelando toda sua glória a Pedro, João e Tiago, a reação imediata e impensada de Pedro foi propor a construção de três tendas para abrigar Jesus, Moisés e Elias no monte em que estavam, tamanha a sua dificuldade em entender a magnitude do evento e diante de sua vontade de racionalizar as coisas, trazendo-as para dentro do seu limite de compreensão humana.
     Essa mesma dificuldade é vista através da reação de Pedro diante da revelação de Jesus quanto à própria morte, quando Pedro tenta “dissuadi-lo” dessa ideia como se quisesse dizer que Cristo estava protegido entre seus discípulos, e se repete quando finalmente essa profecia começa a se realizar no Getsêmani (Jo 18. 10), quando Pedro tenta defender o Mestre, sacando sua espada e cortando a orelha de um dos guardas que foram prender Jesus, sendo em ambas oportunidades repreendido pelo próprio Deus Filho e advertido quanto à sua incapacidade de enxergar o plano divino.
     A Bíblia também nos mostra em diversas passagens a inconstância da fé de Pedro, que num momento confessava Cristo como filho de Deus e no momento seguinte desacredita do poder desse mesmo Deus.
     No evangelho de Lucas, por exemplo, vê-se que embora Cristo tivesse curado pela palavra a sogra de Pedro (Lc 4. 38-39) e ele o reconhecesse como Mestre, Pedro, após não haver conseguido pescar durante a noite inteira, revela descrença quando é instado por Cristo a lançar sua rede novamente. Essa descrença fica evidente na reação de Pedro quando seu barco quase virou com a quantidade de peixe existente na rede, demonstrando que sua ação anterior foi praticada sem alguma: Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. (Lc 5. 8).
     Outro momento de dúvida está no episódio em que Jesus anda sobre as águas (Mt 14. 22-33), sendo inicialmente questionado por Pedro -Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas- e posteriormente, ao começar ele mesmo a andar sobre as águas, submergir e clamar pelo auxílio do Senhor ante a sua falta de fé.
     Contudo, a passagem da história de Pedro que sempre me gerou grande desconforto é aquela em que ele nega a Cristo por três vezes, como o próprio Mestre lhe predissera. Afinal, como um homem, depois de ter andado por três anos com o próprio Deus encarnado, testificando sua glória e todo o seu poder, poderia negá-lo? Que fé é essa que não o permite ser firme diante do que vira com seus próprios olhos?
     A ausência de respostas satisfatórias a essas perguntas me desestimulava e me afastava de Pedro. Nisso, eu me afastava de mim e não conseguia olhar a minha vida com Cristo.
     Hoje, porém, Deus me permitiu ver Pedro com outros olhos e entender qual o Seu objetivo ao usar a vida de uma pessoa com um temperamento tão difícil para um propósito tão elevado.
     De início, Deus me mostra que em mim há muito do velho Pedro. Toda essa tendência a racionalizar os acontecimentos, a resolver os problemas com as minhas próprias forças, a não acreditar que o sobrenatural possa ocorrer nas mínimas coisas do nosso dia a dia, além da inconstância na fé apesar de todos os sinais e feitos de Deus, são características tão próprias minhas que ficava difícil analisar a vida de Pedro sem que eu me sentisse incomodado. E por sentir tanto o temperamento de Pedro em mim mesmo é que aquela pergunta – e a falta de resposta - me angustiava.
     No entanto, é na própria história de Pedro que eu posso encontrar a resposta àquela pergunta. Por ela Deus nos dá alguns ensinamentos muito valiosos – os quais espero realmente absorver e levar para minha própria vida e caminhada com o Pai.
     Primeiro, o próprio Cristo nos revela que reconhecê-lo como Deus, confessar o seu nome e andar com Ele não é o bastante. Ele quer e propõe muito mais a todos nós.
     Pedro o havia reconhecido como Senhor e Salvador (Lc 5. 8-10), confessado isso publicamente (Mc 8. 27-30) e visto a glória do Senhor na transfiguração e em inúmeros milagres ao longo de três anos andando ao Seu lado, porém o próprio Jesus, no final desses três anos, advertiu que Pedro ainda não estava pronto: Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porém, roguei por ti, para que a tua não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos (Lc 22. 31-32). E prosseguiu, revelando que Pedro ainda o negaria por três vezes naquela mesma noite, mesmo diante de todo o ímpeto e coragem por ele revelados naquele instante.
     Nas palavras do Senhor, andar com o próprio Cristo não é o bastante. E Ele destaca que mesmo depois desses três anos Pedro ainda teria de ser convertido para, depois, fortalecer seus irmãos.
     O segundo ensinamento diz respeito à graça e à misericórdia divina.
     De fato, Pedro negou a Cristo em três ocasiões na mesma noite como já se havia revelado, e ao se dar conta disso voltou à sua vida de pescador, desistindo de si mesmo.
     Acontece que embora Pedro tenha desistido de si mesmo,Jesus não desistiu dele, assim como não desiste de mim, apesar de todos os meus defeitos e de todas as vezes em que eu O nego, elegendo outras prioridades.
     Após a ressurreição, Jesus foi ao seu encontro na praia, e ali o achando na companhia de outros discípulos o redimiu perguntando-lhe por três vezes se Pedro o amava e, também por três vezes, pedindo-lhe que pastoreasse a apascentasse Suas ovelhas.
     Era a graça de Deus se apresentando novamente, concedendo a um homem aquilo que ele jamais seria capaz de alcançar pelos próprios esforços, ou melhor, concedendo aquilo que o próprio homem não merecia receber por seus atos e pensamentos.
     O terceiro ensinamento se refere à conversão efetivamente, revelando que ela não é obra da vontade humana, mas ação exclusiva do Espírito Santo. Ou seja, não bastava o arrependimento de Pedro. Isso ainda não o qualificava.
     No início dos “Atos dos Apóstolos”, consta que Jesus, antes de sua ascensão, pediu aos seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que fossem batizados com o Espírito Santo e no dia de Pentecostes, após a ascensão, cumpriu-se a promessa, com o Espírito Santo “enchendo” cada discípulo (At 2). A partir de então, voltando à pessoa de Pedro, nota-se uma radical mudança de comportamento e postura.
     O Pedro, antes inconstante e até covarde, se levanta no meio de uma multidão e, destemido, passa a discursar com autoridade vinda de Deus, convertendo outros e dando ensejo ao batismo imediato de três mil pessoas (At 2. 14-41). O mesmo livro narra a posterior cura de um coxo, novo discurso de Pedro no templo, a prisão de Pedro, sua postura firme diante das autoridades e a vida missionária do mesmo Pedro antes tão carnal.
     Essa conversão, portanto, significou deixar de andar ao lado de Cristo e passar a tê-lo dentro de si, na pessoa do Espírito Santo, o que fez toda a diferença para Pedro. A ação do Espírito Santo através de Pedro a partir dessa conversão contribuiu para a propagação do cristianismo, rompendo todas as dificuldades e perseguições encontradas à época, e sua apresentação aos povos não judeus, como era o plano de Deus.
     Assim, o Pedro antes imaturo, impaciente e medroso, passou a executar uma obra que ia muito além de suas forças, que ultrapassava todo o seu entendimento, e a aceitar com resignação e contentamento, em contrapartida, um difícil caminho, a ele revelado por Jesus quando o incumbiu de apascentar Suas ovelhas: Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres.(Jo 21. 18).
     O resultado de toda essa transformação é revelado pelo próprio Pedro em suas epístolas, donde se extrai o seguinte conselho: Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar (1 Pe 5. 10).
     Assim ocorreu com Pedro. Uma vez chamado por Cristo, tendo-o acompanhado e sofrido, foi pelo Espírito Santo aperfeiçoado, firmado, fortificado para, então, servir a Deus em seus propósitos. O antigo Pedro não daria conta do desafio. O novo nem se importou com isso, colocando-se à disposição de Deus para o que teria de acontecer.
     Pelo exemplo de Pedro podemos concluir que quando Cristo nos chama para caminhar não basta reconhecer o chamado, identificar Sua voz e seguir ao Seu lado por anos e anos. É preciso que o Espírito Santo entre dentro do nosso ser e ali passe a residir. É preciso que o Espírito Santo abale as nossas estruturas, nos retire da zona de conforto e crie em cada um de nós uma nova pessoa, com a fé dada por Ele e com a disposição de fazer o que Ele nos destina a fazer e a ser o que Ele nos destina a ser.
     Pedro nasceu de novo, como Cristo disse que seria necessário a qualquer um que desejasse entrar no Seu reino. E é essa a proposta de Deus para as nossas vidas: a de uma radical transformação pessoal através da Sua ação.
     Encontrar com Pedro hoje me fez ver o velho Pedro que há em mim, com todos os temores, a impulsividade, a impaciência, o limitado entendimento e a pouca fé que nos torna tão parecidos. Mas também me fez ver no que Deus pode me transformar e como a minha história pode ser reescrita a partir disso.

     Que o Pai tenha a mesma misericórdia de mim. Que Jesus Cristo possa me acolher e relevar os meus deslizes com o mesmo amor. E que o Espírito Santo se instale em meu ser e me transforme num novo Pedro.