mesmo tortos
com passos trôpegos
enquanto me sondavas.
Pude descer ao vale
como uma criança
que ignora os perigos
da vida
apenas
preocupado em colher as flores
que
via ao largo da estrada.
E
pude despedaçá-las
sem
pedir permissão
como
se fossem minhas.
Pude
contar algumas histórias
usurpando
a autoria
e
vivê-las com as adaptações
que
me convinham.
Pude
rir e pude chorar...
e
então chegou o momento em que me vi
perdido
em meus próprios caminhos
sem
saber ao certo qual a próxima aventura.
Entristecido
me sentei.
Assim,
porém, pude Te conhecer
saber
que as flores mais bonitas eram Suas
mas
que agora não importava o quanto eu as havia ferido.
Pois
num abraço quente e terno eu começava a retornar
e
isso seria bom.
Agora
acabavam as minhas velhas histórias
e
se iniciavam outras
não
mais minhas... feitas para mim.
E
não mais como o menino que desceu o vale
procurando
e encontrando algum tesouro de mentira,
esse
menino começa a subir o monte
buscando
deixar a velha infância
para
enfim se encontrar.
Prazer
em conhecê-Lo.
Marcelo
Luís de Souza Ferreira
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