quinta-feira, 26 de junho de 2014

Como está a sua sala de troféus?


Francisco Milton.

Essa pergunta parece encher de orgulho o brasileiro … a sala de troféus, no país do futebol, é algo magnífico, repleta de premiações e histórias de conquistas memoráveis, bastando lembrar de alguns dingos musicais como “a taça do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa” (refere-se à primeira conquista de 1958) ou mesmo “noventa milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração” (canção de comemoração do tri campeonato de 1970).
Hoje somos quase “duzentos milhões em ação” contagiados com a Copa do Mundo que acontece nos gramados brasileiros.
Ouvir o hino nacional nos estádios ou o grito da torcida “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” é contagiante e todos, da criança ao adulto, estão juntos numa só torcida pela nossa seleção.
Quando criança, talvez no maior dos delírios, sonhei em ser jogador de futebol e, com a pureza própria da tenra idade, imaginava correr pelos gramados e marcar o gol da vitória de nossa seleção, mas logo cedo também facilmente percebi que a bola, minha pretensa amiga, não queria muita intimidade comigo … literalmente a bola, naturalmente redonda, nos meus pés parecia quadrada … não, não futebol não era a minha praia … tentei outros esportes, forcei uma amizade com a bola … tentei basquete, vólei, tênis … a bola mudou de cor e tamanho, mas eu e a bola não tínhamos aquela “química” facilmente percebida quando, por exemplo, o Neymar está com a sua fiel companheira, a bola.
Sem a admirada bola, a natação foi esporte que me acolheu.
A natação é esporte espetacular, pois, além das vantagens fisiológicas de trabalhar todas os músculos do corpo, o contato com a água, o mergulho e a flutuação me faziam, como um grande bebê, lembrar do ventre da minha mãezinha.
Nas competições escolares, ainda que não fosse um dos melhores, normalmente conseguia ganhar uma medalha … era um momento ímpar, o pódio, a premiação e a satisfação de vencer. Essa sensação eu revivi há alguns anos atrás quando voltei a nadar e o treinador convocou para a competição estadual de natação máster.
Duas medalhas conquistadas coletivamente, em provas por equipe, e lá estava eu novamente com as minhas humildes, mas significativas medalhas.
O momento passou, as medalhas, importantes no momento da conquista, estão agora empoeiradas no pescoço de uma das bonecas da minha filha … os troféus da seleção pentacampeão mundial de futebol que, outrora desfilaram pelas capitais do país, hoje estão guardados em exuberantes e esquecidas salas de troféus, demonstrando como é efêmera e fugaz a satisfação pela conquista do prêmio que “a traça e o ferrugem corrói e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6, v. 19).
A Bíblia também registra a competição dos estádios e a busca pelo prêmio, ou “não sabeis vós que os que correm no estádio, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstenha; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível” (1 Coríntios 9, v. 24/25).
A competição entre os atletas terá um único vencedor, por isso, a Copa do Mundo iniciou com 32 (trinta e duas) seleções, porém apenas uma seleção receberá o troféu e será reconhecida como campeã.
A busca pela vitória dessas seleções envolve treinamento, concentração e foco na vitória, sendo a luta acirrada pelo troféu que, em breve, ficará num lindo e esquecido pedestal na sede de uma das seleções.
A tensão é enorme, os nervos estão a flor da pele, as famílias são separadas em prol da conquista, numa espécie de quarentena, cada detalhe é milimetricamente traçado em busca do prêmio que apenas uma seleção irá receber.
Traçando uma comparação com a caminhada de Jesus por essa terra, podemos fazer uma analogia com a preparação e a conquista da competição, embora com prêmios bem diferentes.
Jesus, mesmo sendo Deus, registra a Bíblia “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2, v. 6/8).
Jesus, durante toda a sua caminhada na terra, esvaziou-se de si mesmo, por amor a mim e a você, tornando-se um servo com o foco na vitória da vida sobre a morte e, como cordeiro perfeito e sem mácula, foi açoitado, humilhado, escarnecido, recebeu a coroa de espinhos e no madeiro, tendo a sua carne perfurada por cravos, Jesus, contemplando a eternidade, derramou o seu sangue para nos limpar de todo o pecado e nos entregar a coroa incorruptível da vida eterna.
Cabe a mim e a você, seguindo a Cristo, “revestimo-nos de misericórdia, de bondade, de humildade, mansidão e de paciência” (Colossenses 3, v. 12), olhar para Jesus, “o autor e consumador da fé” (Hebreus 12, v. 2).
A vitória de Cristo não se limita a um único atleta, a um único time ou a uma única seleção, mas a todos que, como Paulo, entregou a sua vida a Jesus Cristo, conservando a sua fé, com perseveração, amor e humildade até o fim dos seus dias “e agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda” (2 Timóteo 4, v. 8).
Você que está cansado dos prêmios efémeros que trazem apenas alegria momentânea e anseia por um sentido na sua vida, saiba que Jesus, nesse momento, pode trazer descanso para sua alma e dar um novo sentido à sua vida, basta hoje você crer no seu coração e confessar com os seus lábios que Jesus Cristo, ao morrer na cruz do calvário, remiu você de todos os seus pecados.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende” (Lucas 15, v. 7).
Que Deus nos abençoe e nos sustente até o dia da grande festa da premiação celestial!!!
Grande abraço,
Francisco Milton. 

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