Pr. Daniel Marcio Ferreira Neves
“Permite-nos
que,
na
Tua
glória,
nos
assentemos
um
à
Tua
direita
e
outro
à
Tua
esquerda”.
(Mc
10:37)
Esse pedido de Tiago e João feito para Jesus, é digno de profunda
análise!
Eles agem como homens naturais e não tem noção do que solicitam:
estão preocupados em obter consideração especial e serem
promovidos.
Eles não pedem para estar na glória com Jesus, mas querem um lugar
especial na glória. Pedem para ter destaque sobre os salvos e não
unicamente serem salvos, pois isso ainda é pouco para eles.
Jesus não os contrariou, mas afirmou: “Não sabeis o que pedis.
Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que
eu sou batizado”? (Mc 10:38)
Eles
responderam
que
poderiam
sim,
receber o mesmo batismo e tomar o cálice. Então, Jesus, conhecendo
o coração humano e seus interesses, destaca as áreas que
precisavam ser conhecidas e tratadas.
1º) Queriam obter vantagem sobre os demais!
-Jesus observa que o que fora pedido não é para o bem comum, mas
sim de interesse pessoal; mostra que o interesse não era para ajudar
o Mestre, mas sim para serem vistos, reconhecidos e destacados.
É lógico que o fato de sentarem ao lado de Cristo os faria serem
considerados melhores e por isso os adverte: “quem quiser ser o
primeiro entre vós, será servo de todos”. (Mc 10:44)
Jesus aqui, nessa hora, não dá chance aos espertinhos, mas sim aos
quebrantados, arrependidos e gratos.
2º)Disseram que tomariam o seu cálice!
-Tiago e João não sabiam a extensão do ato de tomar o cálice! Não
sabiam que tomar o cálice é crucificar o homem natural, não
consentir que o pecado reine na sua vida e pedir que Deus assuma o
comando do seu pensar e falar. Rom 6:12 diz: “Não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais
às suas paixões”.
Jesus mostra que se o velho homem não morrer ele fica constantemente
reivindicando direitos que não possui.
3º) Disseram que receberiam o seu batismo!
-Aqui Jesus fala dos sinais públicos e notórios da experiência
pessoal, da transformação da essência, da lavagem do caráter e da
mudança de pensamento, não dando lugar as paixões da carne,
conforme o apóstolo Paulo explica em Ef 4:28 e 29: “Aquele que
furtava não furte mais;..., não saia da vossa boca nenhuma palavra
torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a
necessidade, e assim transmita graça aos que ouvem”.
Paulo,
nesse
texto,
procura
esclarecer
que
a
vida
do
discípulo
de
Jesus
é
diferente
daquele
que
não
foi
transformado,
suas
prioridades
e
preocupações
são
outras,
não
vive
mais
regido
por
seu
interesse
pessoal
e
nem
tão
pouco
pelas
paixões
da
carne.
Pelo
contrário,
procura
fazer
tudo
para
glória
de
Deus,
edificando
com
o
seu
agir
e
falar.
Jesus
é
nosso
exemplo
maior!
A
sua
obra
redentora
não
foi
para
Ele,
e
sim
para
nós!
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