Foi necessário um sacrifício maior, uma morte. Mas não
uma morte qualquer, uma morte a mais. Foi necessária a morte do
Único capaz de ter uma vida santa, irrepreensível. Foi necessária
a morte do Deus Filho vivo, encarnado homem, que, então, se
apresentou em sacrifício definitivo e perfeito, assumindo a posição
de sumo-sacerdote em nosso benefício perante o Pai (Hb 4).
Não há mais véu e o acesso ao “santo dos santos”
se tornou possível a todos, sem outros intermediários além do
Filho. Um único acesso, direto, através de Jesus.
Que privilégio! Mas, também, que responsabilidade!
Fomos elevados
à posição
de sacerdotes,
e assumimos
a tarefa
de oferecer
“sacrifícios
espirituais
agradáveis a
Deus por
intermédio de
Jesus Cristo”
(1 Pe
2:4) para
o perdão
dos nossos
pecados (meus
e de
toda a
minha família),
para a
nossa salvação,
para atrair
a presença
manifesta de
Deus e
estabelecermos com
ele o
relacionamento direto
e íntimo
que será
capaz de
conduzir as
nossas vidas.
Essa responsabilidade
é nossa,
de mais
ninguém!
Mas o que ocorre quando falhamos nesse sacerdócio?
Oséias, um
dos profetas
escolhidos por
Deus para
trazer ao
conhecimento do
povo Sua
Santa Palavra,
afirmou há
milhares de
anos que
“o
SENHOR tem
uma contenda
com os
habitantes da
terra, porque
nela não
há verdade,
nem amor,
nem
conhecimento de
Deus. O
que só
prevalece é
perjurar,
mentir, matar,
furtar e
adulterar, e
há
arrombamentos e
homicídios
sobre
homicídios.
Por isso,
a terra
está de
luto, e
todo o
que mora
nela desfalece,
com os
animais doc
ampo e
com as
aves do
céu; até
os peixes
do mar
perecem”
(Os 4:1-3).
Não é curioso o fato de essas palavras, escritas há
milhares de ano, serem tão atuais? Oséias bem que poderia estar
comentando um noticiário televisivo atual, por meio do qual temos
visto um número cada vez maior de atrocidades sendo cometidas pelo
ser humano em sua surpreendente capacidade de mentir, matar, furtar e
adulterar.
Tamanha violência gera perplexidade. Afinal, por que a
nossa sociedade tem caminhado nesse sentido? Por que a maldade humana
tem proliferado e se intensificado tanto?
Mas Oséias,
como porta-voz
de Deus,
logo adiante
nos esclarece,
dando um
recado que
deve ser
recebido como
pessoal e
direto para
cada um
de nós:
“O
meu povo
está sendo
destruído,
porque lhe
falta
o
conhecimento.
Porque tu,
sacerdote,
rejeitaste
o
conhecimento,
também eu
te rejeitarei,
para que
não sejas
sacerdote
diante de
mim; visto
que te
esqueceste da
lei do
teu Deus,
também eu
me esquecerei
de teus
filhos.”
(Os 4:6).
Será coincidência, então, que nossa sociedade atual,
tão violenta e impiedosa, esteja rejeitando tanto a sabedoria de
Deus? Que nossas escolas neguem veementemente Sua existência? Que os
pais vejam como ultrapassadas e antiquadas as orientações da
Palavra de Deus na hora de conduzirem suas vidas como casal e de
instruírem seus filhos?
Não. Não é coincidência! Esse é o preço que
pagamos quando não exercemos nosso sacerdócio. É o preço que
pagamos quando rejeitamos o conhecimento que Deus liberalmente dá a
quem pede (Tg 1:5). É o preço que pagamos quando deixamos de nos
apresentar a Deus pelos nossos familiares e quando deixamos de levar
os nossos filhos a Deus.
Que Ele tenha piedade de nós!
Marcelo
Luís de Souza Ferreira
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